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Há 1 ponto em "Cartas (I)", cuja matéria seja Serenidade.

Estejamos sempre serenos. Se formos piedosos e sinceros, não haverá penas duradouras, e aquelas outras que às vezes inventamos desaparecerão por completo, porque objetivamente não o são. Viveremos com alegria, com paz, nos braços da Mãe de Deus, como seus filhos pequenos, pois é isso o que nós somos. De vez em quando, todos nós temos um pequeno conflito em nosso mundo interior, o qual a soberba trata de aumentar para lhe dar importância, para arrancar a nossa paz. Não deis atenção a essas pequenezes. Dizei: eu sou um pecador que ama Jesus Cristo.

Quase todos os que têm problemas pessoais os têm por causa do egoísmo de pensar em si mesmos. É preciso doar-se aos outros, servir os outros por amor a Deus: esse é o caminho para que as nossas penas desapareçam. A maior parte das contradições tem sua origem no fato de nos esquecermos do serviço que devemos aos outros homens e de nos ocuparmos demais do nosso eu. Entregar-se ao serviço das almas, esquecendo-se de si mesmo, tem tal eficácia que Deus recompensa com uma humildade cheia de alegria.

E sem mentalidade de vítima. Só há uma Vítima: Cristo Nosso Senhor na Cruz. Necessitamos de calma e espírito de serviço. Todas as coisas se fazem por vossa causa, para que a graça espalhada abundantemente sirva para aumentar a glória de Deus, por meio das ações de graças que muitos lhe tributarão. Por isso não desmaiamos; pelo contrário, embora em nós o homem exterior vá desmoronando, o interior vai se renovando dia após dia. Porque as aflições, tão breves e tão leves, da vida presente produzem em nós o peso eterno de uma glória sublime e incomparável, e assim não fixamos os olhos nas coisas visíveis, mas nas invisíveis; porque as que se veem são transitórias, e as que se não veem são eternas37.

Notas
37

2 Cor 4, 15-18.

Referências da Sagrada Escritura