Lista de pontos
Introdução
Celebramos a festa de São José, nosso Pai e Senhor, protetor e padroeiro da Igreja universal e desta família de filhas e filhos de Deus que é o Opus Dei. Às vezes, penso que vos tereis perguntado: como é possível que a devoção a São José tenha na Obra esta raiz, esta profundidade, se é uma devoção relativamente recente, visto que começou a florescer no Ocidente por volta do século XVI? Responder-vos-ei que o carinho, a piedade e a devoção a São José são uma consequência da nossa vida contemplativa. Porque, na Obra, todos estamos obrigados a cultivar muito o trato com Jesus e a Santíssima Virgem; e não podemos manter um trato íntimo com o
Senhor e sua Mãe, nossa Mãe bendita, se não estivermos muito familiarizados com o Santo Patriarca, que era o chefe da família de Nazaré.
Por outro lado, meus filhos, a Igreja propôs-no-lo, e com razão, como padroeiro da vida interior. Pois haverá alguém com mais vida interior do que José? Haverá alguma criatura que tenha tido um trato mais íntimo com Jesus e com Maria? Haverá alguém mais humilde do que José, que passa totalmente despercebido?
Um homem justo e simples
Há uns dias, lendo na missa uma passagem do Livro dos Reis, veio-me à mente e ao coração o pensamento da simplicidade que o Senhor nos pede nesta vida, que é a mesma que José viveu. Quando Naaman, o general da Síria, vai finalmente ter com Eliseu para ser curado da lepra, o profeta pede-lhe uma coisa simples: «Vai lavar-te sete vezes no Jordão, e a tua carne recuperará a saúde e ficarás limpo»1. Aquele homem arrogante pensou: por acaso os rios da minha terra não têm uma água tão boa como os desta terra de Eliseu? Foi para isso que vim de Damasco? Esperava uma coisa chamativa, extraordinária. E não! Estás manchado, vai lavar-te, diz-lhe o profeta; e não te laves só uma vez, mas bastantes: sete. A mim parece-me que isto é uma figura dos sacramentos.
Tudo isto me recordou a vida simples, oculta, de José, que só faz coisas correntes. São José passa totalmente despercebido. A Sagrada Escritura mal nos fala dele. Mas apresenta-no-lo a realizar o trabalho de um chefe de família.
Por isso, se São José é padroeiro da nossa vida interior, se é acicate para o nosso caminhar contemplativo, se o trato com ele é um bem para todos os filhos e filhas de Deus no seu Opus Dei, para os que têm na Obra uma função de governo, São José parece-me um exemplo excelente: só intervém quando é necessário e, nessa altura, fá-lo com fortaleza e sem violência. Assim é José.
Não estranheis, portanto, que a missa da sua festa comece com estas palavras: «Iustus ut palma florebit»2. Assim floresceu a santidade de José: «Sicut cedrus Lybani multiplicabitur»3. Penso em vós. No Opus Dei, cada um é como um grande pai ou mãe de família, com a preocupação por tantas e tantas almas de todo o mundo. Quando explico às minhas filhas ou aos meus filhos mais jovens que, no trabalho de São Rafael, devem ter um trato especial com três ou quatro ou cinco amigos; que, desses amigos, talvez haja apenas dois que encaixem, mas que depois cada um deles trará três ou quatro amigos presos a cada um dos dedos, o que é isso senão florescer como o justo e multiplicar-se como os cedros do Líbano?
«Plantatus in domo Domini, in atriis domus Dei nostri»4. Como José, todos os meus filhos estão seguros, com a alma dentro da casa do Senhor. E estão assim vivendo no meio da rua, no meio dos afãs do mundo, sentindo as preocupações dos seus colegas, dos demais cidadãos, nossos iguais.
Não é de estranhar que a liturgia da Igreja aplique ao Santo Patriarca estas palavras do livro da Sabedoria: «Dilectus Deo et hominibus, cuius memoria in benedictione est»5, dizendo-nos que é amado pelo Senhor e propondo-no-lo como modelo. E convida-nos a que também nós, bons filhos de Deus – ainda que sejamos uns pobres homens, como eu sou –, louvemos este homem santo, maravilhoso, jovem, que é o Esposo de Maria. Esculpiram-mo velho, num relevo do oratório do Padre. E não! Noutros sítios, pedi que o pintassem jovem, como o imagino; talvez tivesse mais uns anos que a Virgem, mas era jovem, forte, na plenitude da idade. Por trás dessa forma clássica de representar São José, como um ancião, esconde-se o pensamento – demasiado humano – de que é difícil a uma pessoa jovem viver a virtude da pureza. Não é verdade. O povo cristão chama-lhe patriarca, mas eu vejo-o assim: jovem de coração e de corpo, e ancião nas virtudes; e, por isso, jovem também na alma.
«Glorificavit illum in conspectu regum, et iussit illi coram populo suo, et ostendit illi gloriam suam»6. Não esqueçamos que o Senhor quer glorificá-lo. E nós colocámo- -lo no cerne do nosso lar, fazendo dele patriarca da nossa casa. Por isso, a festa mais solene e mais íntima da nossa família, aquela em que todos os membros da Obra se reúnem pedindo a Jesus, nosso Salvador, que envie operários para a sua messe, é especialmente dedicada ao Esposo de Maria. Ele é também mediador; ele é o senhor da casa; e nós descansamos na sua prudência, na sua pureza, no seu carinho, no seu poder. Como não haverá de ser poderoso, o nosso Pai e Senhor São José?
Modelo de alma sacerdotal
Quantas vezes me comovi lendo a oração que a Igreja propõe que os sacerdotes recitem antes da missa! «O felicem virum, beatum Ioseph, cui datum est Deum, quem multi reges voluerunt videre et non viderunt, audire et non audierunt...»7. Nunca tivestes uma certa inveja dos apóstolos e dos discípulos, que conviveram com Jesus Cristo tão de perto? E depois, não tivestes uma certa vergonha, porque talvez – e sem talvez: eu estou certo disso, dada a minha fraqueza – tivésseis sido dos que se escaparam, dos que fugiram velhacamente e não permaneceram junto de Jesus na cruz?
«Quem multi reges voluerunt videre et non viderunt, audire et non audierunt; non solum videre et audire, sed portare, deosculare, vestire et custodire»8. Não vo-lo posso ocultar: algumas vezes, quando estou sozinho e sinto as minhas misérias, pego uma imagem do Menino Jesus, e beijo-O e embalo-O... Não tenho vergonha de vo-lo dizer. Se tivéssemos Jesus nos braços, que faríamos? Algum de vós teve irmãos pequenos, bastante mais novos? Eu tive. E pegava- -lhe ao colo, e embalava-o. O que teria feito com Jesus! «Ora pro nobis, beate Ioseph». Claro que temos de dizer assim!: «ut digni efficiamur promissionibus Christi»9. São José, ensina-nos a amar o teu Filho, nosso Redentor, o Deus-Homem! Roga por nós, São José!
E continuamos a considerar, meus filhos, esta oração que a Igreja propõe aos sacerdotes antes de celebrarem o Santo Sacrifício.
«Deus, qui dedisti nobis regale sacerdotium...»10. O sacerdócio é real para todos os cristãos, especialmente para aqueles que Deus chamou à sua Obra: todos temos alma sacerdotal. «Præsta, quæsumus, ut, sicut beatus Ioseph unigenitum Filium tuum, natum ex Maria Virgine...»11. Vedes que homem de fé? Vedes como admirava a Esposa, como a julgava incapaz de qualquer mancha, e como recebeu as inspirações de Deus, a luz divina, naquela escuridão tremenda para um homem tão íntegro? Como obedece! «Toma o Menino e sua Mãe e foge para o Egito»12, ordena-lhe o mensageiro divino. E ele assim faz. Crê na obra do Espírito Santo! Crê naquele Jesus, que é o Redentor prometido pelos profetas, por quem todos os que pertenciam ao Povo de Deus tinham esperado durante gerações e gerações: os patriarcas, os reis...
«Ut, sicut beatus Ioseph unigenitum Filium tuum, natum ex Maria Virgine, suis manibus reverenter tractare meruit et portare...». Nós, meus filhos – todos, leigos e sacerdotes –, trazemos Deus – Jesus – dentro da alma, no centro de toda a nossa vida, com o Pai e com o Espírito Santo, conferindo valor sobrenatural a todas as nossas ações. Tocamo-lo com as mãos, tantas vezes!
«Suis manibus reverenter tractare meruit et portare...». Não o merecemos. Só pela sua misericórdia, só pela sua bondade, só pelo seu amor infinito é que O trazemos connosco e somos portadores de Cristo.
«Ita nos facias cum cordis munditia…». É assim, assim, quer Ele que sejamos: limpos de coração. «Et operis innocentia» – a inocência das obras é a retidão de intenção – «tuis sanctis altaribus deservire»13. Que O sirvamos não só no altar, mas no mundo inteiro, que é um altar para nós. Todas as obras dos homens se fazem como que num altar, e cada um de vós, nessa união de almas contemplativas que é o vosso dia, diz de algum modo a sua missa, que dura vinte e quatro horas, à espera da missa seguinte, que durará outras vinte e quatro horas, e assim até ao fim da nossa vida.
«Ut sacrosantum Filii tui corpus et sanguinem hodie digne sumamus, et in futuro sæculo præmium habere mereamur æternum»14. Meus filhos: ensinamentos de pai, os de José; ensinamentos maravilhosos. Talvez exclameis, como eu digo, com a minha triste experiência: não posso nada, não tenho nada, não sou nada. Mas sou filho de Deus e o Senhor anuncia-nos, pelo salmista, que nos cumulará de bênçãos amorosas: «Prævenisti eum in benedictionibus dulcedinis»15, que de antemão nos prepara o caminho – o caminho geral da Obra e, dentro dele, o caminho próprio de cada um –, firmando-nos na via de Jesus, e de Maria, e de José.
Se fordes fiéis, meus filhos, poderão dizer de vós o que a liturgia afirma de São José, o Santo Patriarca: «Posuisti in capite eius coronam de lapide pretioso»16. Que tristeza sinto quando vejo as imagens dos santos sem auréola! Ofereceram-me – e fiquei comovido –duas pequenas imagens da minha amiga Santa Catarina, a da língua solta, a da ciência de Deus, a da sinceridade. E pedi imediatamente que lhes colocassem a auréola; uma coroa que não será de lapide pretioso, mas que terá boa aparência de ouro. Só aparência, como os homens.
Toda a vida ao serviço de Deus
Olhai: que faz José, com Maria e com Jesus, para seguir as indicações do Pai, as moções do Espírito Santo? Entrega-Lhe todo o seu ser, põe ao seu serviço a sua vida de trabalhador. José, que é uma criatura, alimenta o Criador; ele, que é um pobre artesão, santifica o seu trabalho profissional, coisa de que os cristãos se esqueceram durante séculos, e que o Opus Dei veio recordar. Dá a sua vida a Jesus, entrega-Lhe o amor do seu coração e a ternura dos seus cuidados, dá-Lhe a fortaleza dos seus braços, dá-Lhe tudo o que é e pode: o trabalho profissional quotidiano, próprio da sua condição.
«Beatus vir qui timet Dominum»17: bem-aventurado o homem que teme o Senhor, bem-aventurada a criatura que ama o Senhor e evita dar-Lhe desgostos. Isto é o timor Domini, o único temor que compreendo e sinto. «Beatus vir qui timet Dominum; in mandatis eius cupit nimis»18: bem-aventurada a alma que tem ambição, desejos de cumprir os preceitos divinos. Esta inquietação persiste sempre. Se alguma vez surge uma hesitação, porque o entendimento não vê com clareza, ou porque as nossas paixões se levantam como víboras, é altura de dizer: meu Deus, desejo servir-Te, quero servir-Te, tenho fome de Te amar com toda a pureza do meu coração!
O que nos falta então? Nada! «Gloria et divitiæ erunt in domo eius»19. Não procuramos a glória terrena, só a glória do Céu. Todos os meios – que é isso que são as riquezas da Terra – devem servir-nos para nos tornarmos santos, e para santificarmos o trabalho, e para santificarmos os outros com o trabalho. E no nosso coração haverá sempre uma grande serenidade. «Et iustitia eius»: a justiça de Deus, a lógica de Deus, «manet in sæculum sæculi»20: permanecerá pelos séculos dos séculos, se não a expulsarmos da nossa vida pelo pecado. Essa justiça de Deus, essa santidade que Ele pôs na nossa alma, exige – sempre com alegria e com paz – uma luta interior pessoal que não é de ruído, de alvoroço; é algo mais intenso, como que muito nosso, que não se perde a não ser que nos quebremos, a não ser que o quebremos como se fosse um cântaro de barro. Para o consertar, contamos com as normas, a confissão e a conversa fraterna com o diretor. E de novo a paz, a alegria! E voltamos a sentir mais desejos de cumprir os mandamentos do Senhor, mais ambição boa de servir a Deus e, por Ele, a todas as criaturas!
Exemplo de castidade
«Cum esset desponsata Mater Iesu Maria Ioseph...: estando Maria, Mãe de Jesus, desposada com José, aconteceu que, antes de terem vivido juntos, concebeu no seu seio por obra do Espírito Santo»21. Esta é a pedra de toque da santidade admirável deste homem perfeito que é José. «Ioseph autem, vir eius, cum esset iustus et nollet eam traducere...»22: mas José, seu esposo, sendo justo e não querendo desonrá-la... Não, em consciência, não podia fazê-lo. E sofre. Sabe que a sua esposa é imaculada, que é uma alma sem mancha, e não compreende o prodígio que se operou nela. Por isso, «voluit occulte dimittere eam»23: deliberou deixá-la secretamente. Hesita, não sabe o que fazer, mas resolve a situação da maneira mais limpa.
«Hæc autem eo cogitante...»: enquanto pensava estas coisas, chega-lhe a luz de Deus. O Senhor nunca nos faltará, meus filhos, tende confiança! «Ecce angelus Domini apparuit in somnis...: andando ele com este pensamento, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de David, não tenhas receio de receber Maria, tua esposa, porque o que foi gerado no seu ventre é obra do Espírito Santo»24. É o primeiro homem a receber a declaração divina da realidade da Redenção, que estava a realizar-se. «Pariet autem filium, et vocabis nomen eius Iesum...: dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, pois Ele há de salvar o seu povo dos seus pecados»25. E José fica tranquilo, sereno, cheio de paz.
Meus filhos, este homem não merece todo o nosso amor, todo o nosso agradecimento? Não é um exemplo de fé e de fortaleza? Não é um modelo de limpeza de alma e de corpo? Não é nosso Pai e Senhor? Pai e Senhor chamei-lhe eu há já tantos anos, e assim lhe chamais vós no mundo inteiro.
Olhai, consola-me muito, e penso que a vós também, outra oração que a Igreja Santa nos propõe para a recitarmos depois da missa: «Virginum custos et pater»26. Porque não entenderão isto esses infelizes que não querem olhar com olhos limpos a castidade e o amor santo dos nossos pais, essas pessoas que não concebem que uma criatura fraca possa guardar o seu ser inteiro – corpo e alma – para Deus? Se somos fracos, Deus porá a sua força. Eu sou muito fraco, mas o Senhor dar-me-á toda a sua fortaleza.
«Virginum custos et pater, sancte Ioseph, cuius fideli custodiæ ipsa Innocentia Christus Iesus et Virgo virginum Maria commissa fuit»: Bem-aventurado José, custódio e pai das virgens, a cujo cuidado fidelíssimo foram entregues a própria Inocência, Jesus Cristo, e a Virgem das virgens, Maria. Haverá algum sacerdote, alguma alma verdadeiramente cristã, que leia isto e não se comova? Todos os meus filhos, que têm alma sacerdotal, hão de inflamar-se em devoção, em confiança, em aclamação, em carinho a José, Nosso Pai e Senhor.
«Te per hoc utrumque carissimum pignus Iesum et Mariam obsecro et obtestor ut me, ab omni immunditia præservatum, mente incontaminata, puro corde et casto corpore Iesu et Mariæ semper facias castissime famulari»: Suplicamos-te, por Jesus e por Maria, a quem recebeste como prenda, que nos preserves de toda a imundície e que, com espírito limpo, coração puro e corpo casto, nos faças servir sempre a Jesus e a Maria.
Meus filhos, considerámos juntos o grande milagre que é ter-se vivido na Obra, desde o princípio, esta união com o Santo Patriarca. Ele é o nosso padroeiro principal, e é também o chefe da nossa família; porque lhe pedimos que envie mais filhos à Obra, porque neste dia nos prendemos com laços de amor e costumamos renovar a nossa entrega, pondo nas mãos de José e de Maria a nossa vinculação ao Opus Dei.
Com desvelos de Pai
Quero muito a São José; parece-me um homem extraordinário. Sempre o imaginei jovem; por isso, aborreci- -me quando colocaram no oratório do Padre uns relevos em que é representado como um homem velho e barbudo. Mandei imediatamente pintar um quadro em que aparece jovem, cheio de vitalidade e de força. Há quem não conceba que se possa guardar a castidade senão na velhice. Mas os velhos só serão castos se o tiverem sido quando eram jovens; quem não tiver sabido ser limpo nos anos da juventude, facilmente terá costumes brutalmente torpes quando for velho.
São José devia ser jovem quando se casou com a Virgem santíssima, uma mulher acabada de sair da adolescência. Sendo jovem, era puro, limpo, castíssimo; e era-o, justamente, por amor. Só enchendo o coração de amor poderemos estar seguros de que ele não se encabritará nem se desviará, mas permanecerá fiel ao amor puríssimo de Deus.
Ontem à noite, depois de me deitar, invoquei muitas vezes São José, muitas, preparando a festa de hoje. Entendi com grande clareza que fazemos realmente parte da sua família. Não é um pensamento gratuito; temos muitas razões para o afirmar. Em primeiro lugar, porque somos filhos de Santa Maria, sua esposa, e irmãos de Jesus Cristo, todos filhos do Pai do Céu. E depois, porque formamos uma família da qual São José quis ser a cabeça; é por isso que lhe chamamos, desde o princípio da Obra, nosso Pai e Senhor.
O Opus Dei não abriu caminho com facilidade. Foi tudo muito difícil, humanamente falando. Eu não queria aprovações eclesiásticas que pudessem distorcer o nosso caminho jurídico, um caminho que não existia e que ainda está a ser feito. Havia muitas pessoas que não entendiam – e ainda há algumas obstinadas em não entender – o nosso fenómeno jurídico, e ainda menos a nossa fisionomia teológica e ascética, esta onda pacífica, pastoral, que vai enchendo a Terra inteira. Eu não desejava aprovações eclesiásticas de nenhum género, mas tínhamos de trabalhar em muitos sítios: havia milhões de almas à nossa espera!
Invocávamos São José, que fez as vezes de Pai do Senhor, e os anos iam passando. Só conseguimos lançar a primeira obra corporativa em 1933; foi a famosa academia DYA. Dávamos aulas de Direito e Arquitetura – daí as letras do nome –, mas na realidade queria dizer Deus e Audácia. Era disso que precisávamos para quebrar, como quebrámos, os moldes jurídicos, e dar uma solução nova às ansiedades da alma dos cristãos que queriam e querem servir Deus com todo o seu coração, dentro das limitações humanas, mas na rua, no trabalho profissional ordinário, sem serem religiosos nem assimilados aos religiosos.
Deixei passar vários anos até redigir o primeiro regulamento da Obra. Recordo-me de que tinha um monte de fichas, nas quais ia recolhendo a nossa experiência. A vontade de Deus estava clara desde o dia 2 de outubro de 1928; mas foi sendo posta em prática pouco a pouco, com o passar dos anos. Evitei o risco de fazer um fato para meter a criatura lá dentro; pelo contrário, ia tirando as medidas – que eram essas fichas de experiência – para fazer o fato adequado. Um dia, passados vários anos, pedi a D. Álvaro e a outros irmãos vossos mais velhos que me ajudassem a ordenar todo esse material. Foi assim que fizemos o primeiro regulamento, em que não se falava de votos, nem de botas, nem de botins, nem de botões, porque não era necessário, e continua a não ser.
O primeiro sacrário
Em 1934, se não me engano, abrimos a primeira residência de estudantes. Naquela época, o ambiente da minha terra era raivosamente anticlerical; as autoridades perseguiam a Igreja, e tinha-se introduzido uma raiz comunista, que é a negação de todas as liberdades.
Precisávamos de ter o Senhor connosco, no tabernáculo. Agora é fácil; mas, naquela época, instalar um sacrário era um empreendimento muito difícil. Tínhamos de fazer muitas coisas, de mostrar uma espécie de dechado...
Não sabeis o que era o dechado? As meninas do século passado, quando terminavam os seus estudos, arranhando um pouco o francês e tocando mais ou menos bem piano, tinham de fazer uns lavores num tecido: costuravam, bordavam, cerziam; depois juntavam letras, números, passarinhos... De tudo! Eu vi o dechado da minha avó Florência, que a minha irmã Carmen tinha guardado... Era uma espécie de exame final dos colégios de meninas.
E nós tivemos de fazer uma coisa parecida, para que a Igreja olhasse para nós com carinho e nos permitisse ter Jesus sacramentado em casa.
Eu já tinha, no fundo da minha alma, esta devoção a São José que vos inculquei. Lembrava-me do outro José, a quem – seguindo o conselho do Faraó – os egípcios tinham recorrido quando tiveram fome de bom pão: «Ite ad Ioseph!»1: ide ter com José, para vos dar trigo. Comecei a pedir a São José que nos concedesse o primeiro sacrário, e os filhos que tinha à minha volta faziam o mesmo. Enquanto rezávamos por este assunto, eu tratava de arranjar os meios materiais necessários: os paramentos, o tabernáculo... Não tínhamos dinheiro. Quando juntava vinte e cinco pesetas, que naquela época era uma quantia razoável, gastavam-se noutras necessidades mais prementes.
Consegui que umas freirinhas, a quem quero muito, me cedessem um sacrário; consegui os paramentos noutro sítio e, por fim, o bom bispo de Madrid deu- -nos autorização para termos o Santíssimo Sacramen- to connosco. Então, em sinal de agradecimento, mandei colocar uma pequena corrente na chave do sacrário, com uma medalhinha de São José, por trás da qual está escrito: «Ite ad Ioseph!». De modo que São José é verdadeiramente nosso Pai e Senhor, porque nos deu o pão – o pão eucarístico –, como qualquer bom pai de família.
Não disse já que pertencemos à sua família? Além de nos ter alcançado o alimento espiritual, estamos unidos a ele quando o invocamos antes dessa tertúlia que é a oração. E, quando renovamos a nossa entrega e quando nos incorporamos definitivamente na Obra, São José também está presente.
No começo, eu procurava antecipar a Fidelidade, porque precisava de vós. Nunca me senti indispensável para nada. Alguns estarão lembrados de que lhes dizia: se eu morrer, comprometes-te diante de Deus a fazer a Obra? Nunca me julguei necessário, porque não sou. Qualquer de vós é melhor do que eu, e pode ser muito bom instrumento. Naquela época, a Fidelidade fazia-se na festa de São José, metendo o Santo Patriarca nesse compromisso espiritual de fazer a Obra, convencidos de que era um querer positivo de Deus.
Com José, a Maria e Jesus
Por outro lado, São José é, depois de Santa Maria, a criatura que mais intimamente se relacionou com Jesus na Terra. Gosto muito das orações que a Igreja recomenda à piedade dos sacerdotes para antes e depois da missa; nelas se recorda que São José cuidava do Filho de Deus como os nossos pais cuidaram de nós: vinham ver-nos a vestir, faziam-nos festas, apertavam-nos contra o peito e davam- -nos uns beijos tão fortes que às vezes nos magoavam.
Imaginai o que não terá sofrido São José, que amava a Santíssima Virgem e sabia da sua integridade sem mancha, ao ver que ela esperava um filho! Só descansou depois da revelação que Deus Nosso Senhor lhe fez por meio do anjo. Pensara numa solução prudente: não a desonrar, ir-se embora sem dizer nada. Mas que dor!, porque a amava com toda a alma. Imaginai a sua alegria, quando soube que o fruto daquele ventre era obra do Espírito Santo!
Amai a Jesus e sua Mãe Santíssima! Há um ano, enviaram-me uma imagem antiga de marfim, esplêndida, representando a Santíssima Virgem grávida. Fiquei emocionado. Comove-me a humildade de Deus, que quer estar encerrado nas entranhas de Maria – como nós estivemos no seio da nossa mãe – durante o tempo devido, como qualquer criatura, porque é perfectus Homo: perfeito Homem, sendo também perfectus Deus: perfeito Deus, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade.
Não vos comove esta humildade de Deus? Não vos enche de amor saber que Se fez homem e não quis nenhum privilégio? Como Ele, nós também não desejamos privilégios. Queremos ser pessoas normais e comuns; queremos ser cidadãos como os outros. Isto é uma maravilha! Sentimo-nos muito à vontade no lar de Jesus, Maria e José, que passam despercebidos.
Quando vou a um dos nossos oratórios, onde está o tabernáculo, digo a Jesus que O amo e invoco a Trindade. Depois, agradeço aos anjos que guardam o sacrário, adorando a Cristo na eucaristia. Não imaginais, naquela casa de Nazaré – e antes, em Belém, e na fuga para o Egito e no regresso, com medo de perder Jesus porque o rei era filho de um monarca cruel –, os anjos contemplando, pasmados, o aniquilamento do Senhor, esse querer aparecer só como homem? Não amaremos bastante a Jesus se não Lhe dermos graças, com todo o coração, por ter querido ser perfectus Homo.
Uma humildade sem caricaturas
«Vamos até Belém ver o que lá aconteceu e o que o Senhor nos manifestou»16. Chegámos, filhos, em bom momento, porque esta é uma noite muito má para as almas. Uma noite na qual as grandes luminárias, que deviam irradiar luz, difundem trevas; em que os que deviam ser sal para impedir a corrupção do mundo estão insípidos e, por vezes, publicamente podres.
Não é possível deixar de sofrer ao considerar estas calamidades. Estou certo, porém, filhas e filhos de minha alma, de que, com a ajuda de Deus, saberemos tirar delas abundante proveito e paz fecunda. Porque insistiremos na oração e na penitência. Porque crescerá em nós a certeza de que tudo se resolverá. Porque alimentaremos o propósito de corresponder fielmente, com a docilidade dos bons instrumentos. Porque aprenderemos, neste Natal, a não nos afastarmos do caminho que o Senhor nos indica em Belém: o caminho da humildade verdadeira, sem caricaturas. Ser humilde não é andar sujo nem desleixado, nem ser indiferente ao que acontece à nossa volta, num contínuo abandono de direitos. Muito menos é apregoar coisas tolas contra si mesmo. Onde há comédia e hipocrisia não pode haver humildade, porque a humildade é a verdade.
Sem o nosso consentimento, sem a nossa vontade, Deus Nosso Senhor não poderá santificar-nos nem salvar- -nos, apesar da sua bondade sem limites. Mais ainda: sem Ele, não faremos nada de proveito. Da mesma forma que se diz que um campo produziu isto, e que aquelas terras produziram aquilo, também se pode afirmar de uma alma que é santa, e de outra que realizou umas quantas obras boas. Mas, na verdade, ninguém é bom senão Deus17; é Ele que torna fértil o campo, que dá à semente a possibilidade de se multiplicar, que confere a uma estaca que parece seca o poder de lançar raízes. Foi Ele que abençoou a natureza humana com a sua graça, permitindo-lhe comportar-se cristãmente, viver de modo a sermos felizes, lutando na expectativa da vida futura, que é a felicidade e o amor para sempre. Humildade, filhos, é saber que «nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas só Deus, que é quem dá o incremento»18.
Que nos ensina o Senhor de todas as coisas, o Dono do Universo? Nestes dias de Natal, as canções natalícias de todos os países, tenham ou não muita tradição cristã, cantam ao Rei dos reis que chegou. E que manifestações tem a sua realeza? Uma manjedoura! Não tem sequer os detalhes com que rodeamos Jesus Menino de amor nos nossos oratórios. Em Belém, o nosso Criador não tem nada, tanta é a sua humildade!
Assim como os alimentos são condimentados com sal para não ficarem insípidos, assim também temos de pôr sempre humildade na nossa vida. Filhas e filhos meus – a comparação não é minha, é usada pelos autores espirituais há mais de quatro séculos –, não façais como as galinhas que, mal põem um ovo, atroam os ares com os seus cacarejos. É preciso trabalhar, é preciso fazer o trabalho, intelectual ou manual, mas sempre apostólico, com grandes intenções e grandes desejos – que o Senhor transforma em realidades – de servir Deus e passar desapercebido.
Filhos, assim vamos aprendendo de Jesus, nosso Mestre, a contemplá-lo recém-nascido nos braços de sua Mãe, sob o olhar protetor de José, um homem tão de Deus que foi escolhido pelo Senhor para Lhe fazer as vezes de pai na Terra. Ele defende a vida do recém-nascido com o seu olhar, com o seu trabalho, com os seus braços, com o seu esforço, com os seus meios humanos.
Vós e eu – nestes momentos em que crucificam Jesus Cristo de novo tantas vezes, nestas circunstâncias em que parece que os povos da antiga cristandade estão a perder a fé, desde o vértice até a base, como dizem alguns –, vós e eu devemos empenhar-nos muito em nos parecermos com José, na sua humildade e também na sua eficácia. Não vos enche de alegria pensar que podemos como que proteger Nosso Senhor, o nosso Deus?
Com Maria e com José
«Pelo mistério do Verbo encarnado, nova luz da vossa glória brilhou sobre nós, para que, contemplando a Deus visível aos nossos olhos, aprendamos a amar o que é invisível»7. Que todos O contemplemos com amor. Na minha terra diz-se às vezes: olha como o contempla! Referem-se a uma mãe com o filho nos braços, a um noivo que contempla a sua noiva, à mulher que vela à cabeceira do marido, a um afeto humano nobre e limpo. Pois bem, vamos contemplá-lo assim, revivendo a vinda do Salvador. E comecemos por sua Mãe, sempre Virgem, limpíssima, sentindo necessidade de a louvar e de lhe repetir que a amamos, porque nunca aqueles que deveriam defender e bendizer a Mãe de Deus propagaram tantos despropósitos e tantos horrores contra ela.
A Igreja é pura, limpa, sem mancha; é a Esposa de Cristo. Mas há alguns que, em seu nome, escandalizam o povo; e enganaram muitos que, noutras circunstâncias, teriam sido fiéis. Este Menino desamparado lança-vos os braços ao pescoço, para que O aperteis contra o coração e Lhe ofereçais o propósito firme de reparar, com serenidade, com fortaleza, com alegria.
Não vo-lo tenho ocultado: nos últimos dez anos, todos os sacramentos foram atacados, um por um. De modo particular o sacramento da penitência. De maneira mais malvada, o santíssimo sacramento do altar, o sacrifício da Missa. O coração de cada um de vós deve vibrar e, com essa sacudidela do sangue, desagravar o Senhor como saberíeis consolar a vossa mãe, uma pessoa a quem amásseis com ternura. «Não vos inquieteis com nada, mas em todas as circunstâncias manifestai a Deus as vossas necessidades por meio de orações e súplicas, unidas às ações de graças. E a paz de Deus, que está acima de todo o entendimento, guarde os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus»8.
Tendo começado por louvar e desagravar Santa Maria, manifestaremos a seguir ao patriarca São José que o amamos. Eu chamo-lhe meu Pai e Senhor, e amo-o muito, muito. Também vós deveis amá-lo muito; caso contrário, não seríeis bons filhos meus. Foi um homem jovem, limpíssimo, cheio de firmeza, a quem o próprio Deus escolheu como guardião, seu e de sua Mãe.
Deste modo metemo-nos no presépio de Belém: com José, com Maria, com Jesus. «Então, o teu coração palpitará e dilatar-se-á»9. Na intimidade desse trato familiar, dirijo-me a São José e apoio-me do seu braço poderoso, forte, de trabalhador, que tem o atrativo daquilo que é limpo, reto, daquilo que – sendo muito humano – está divinizado. Apoiado no seu braço, peço-lhe que me leve a sua Esposa Santíssima, sem mácula, Santa Maria. Porque é minha Mãe, e tenho esse direito. E pronto. Depois, os dois levam-me a Jesus.
Minhas filhas e meus filhos, isto não é uma comédia. É o que fazemos muitas vezes na vida, quando começamos a relacionar-nos com uma família. É o modo humano, levado ao divino, de conhecer o lar de Nazaré e de nos metermos dentro dele.
Que Te olhem, que Te procurem, que Te amem
Neste tabernáculo tão belo, que os meus filhos fizeram com tanto carinho, e que pusemos aqui quando não tínhamos dinheiro nem para comer; nesta espécie de alarde de luxo, que me parece uma miséria, e realmente é, para Te guardar a Ti, mandei colocar dois ou três detalhes. O mais interessante é a frase que está sobre a porta: Consummati in unum!5 Porque é como se estivéssemos todos aqui, presos a Ti, sem Te abandonar, nem de dia nem de noite, num cântico de ação de graças e – porque não? – de petição de perdão. Penso que Te aborreces quando Te digo isto. Tu perdoaste-nos sempre, estás sempre disposto a perdoar os erros, os desacertos, o fruto da sensualidade ou da soberba.
Consummati in unum! Para reparar..., para agradar..., para dar graças, que é uma obrigação capital. Não é uma obrigação deste momento, de hoje, do tempo que se cumpre amanhã, não. É um dever constante, uma manifestação de vida sobrenatural, um modo humano e divino ao mesmo tempo de correspondermos ao teu amor, que é divino e humano.
Sancta Maria, Spes nostra, Sedes sapientiæ!6 Concede-nos a sabedoria do Céu, para que nos comportemos de modo agradável aos olhos do teu Filho, do Pai, e do Espírito Santo, único Deus que vive e reina pelos séculos sem fim.
São José, não te posso separar de Jesus e de Maria. São José, por quem sempre tive devoção, compreendo que devo amar-te cada dia mais e proclamá-lo aos quatro ventos, porque é assim que os homens exprimem o amor: dizendo «amo-te»! São José, nosso Pai e Senhor, em quantos sítios não te terão repetido já a estas horas, invocando-te, esta mesma frase, estas mesmas palavras! São José, nosso Pai e Senhor, intercede por nós.
A vida cristã nesta Terra paganizada, nesta Terra enlouquecida, nesta Igreja que não parece a tua Igreja, porque parece que está tudo louco – as pessoas não ouvem, dão a impressão de não se interessarem por Ti; não já de não Te amarem, mas de não Te conhecerem, de Te esquecerem –, esta vida que, se é humana – repito-o –, para nós tem de ser também divina, será divina se fomentarmos muito o trato contigo. E fomentaríamos o trato contigo por muito esforço que tivéssemos de fazer para Te ver, por muitas audiências que tivéssemos de pedir. Mas não temos! Tu és tão omnipotente, também na tua misericórdia, que, sendo o Senhor dos Senhores e o Rei dos que dominam, Te humilhas a ponto de esperares como um pobrezinho que Se aproxima do limiar da nossa porta. Não somos nós que esperamos; és Tu que esperas por nós constantemente.
Esperas por nós no Céu, no paraíso. Esperas por nós na hóstia santa. Esperas por nós na oração. És tão bom que, quando estás aí escondido por amor, oculto sob as espécies sacramentais – e eu creio firmemente que assim é –, permanecendo real, verdadeira e substancialmente, com o teu corpo e o teu sangue, com a tua alma e a tua divindade, também está presente a Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Além disso, pela inabitação do Paráclito, Deus encontra-Se no centro da nossa alma, vem à nossa procura. Todos os dias se repete, de algum modo, a cena de Belém; e é possível que tenhamos dito, não com a boca, mas com as obras, «non est locus in diversorio»7: não há lugar para Ti na pousada do meu coração. Ai, Senhor, perdoa-me!
Adoro o Pai, o Filho, o Espírito Santo, Deus único. Não compreendo essa maravilha que é a Trindade, mas Tu puseste na minha alma ânsias, fome de crer. Creio! Quero crer como quem mais crê. Espero! Quero esperar como quem mais espera! Amo! Quero amar como quem mais ama.
Tu és quem és: a suma bondade. Eu sou quem sou: o último trapo sujo deste mundo podre. E, no entanto, Tu olhas-me..., procuras-me..., e amas-me. Senhor, que os meus filhos Te olhem, Te procurem e Te amem. Senhor, que eu Te procure, que Te olhe, que Te ame.
Olhar é pôr os olhos da alma em Ti, com ânsias de Te compreender, na medida em que – com a tua graça – a razão humana pode conhecer-Te. Conformo- -me com essa pequenez. E, quando vejo que entendo tão pouco a tua grandeza, a tua bondade, a tua sabedoria, o teu poder, a tua formosura..., quando vejo que entendo tão pouco, não me entristeço; alegro-me por seres tão grande que não cabes no meu pobre coração, na minha cabeça miserável. Meu Deus! Meu Deus!... Mesmo que não saiba dizer-Te outra coisa, já é bastante. Meu Deus! Toda essa grandeza, todo esse poder, toda essa formosura..., minha! E eu... dele!
2Rs 5, 10.
Missal Romano, Solenidade de São José, antífona de entrada (Sl 91, 13): «O justo florescerá como a palmeira».
Ibid.: «Multiplicar-se-á como os cedros do Líbano».
Ibid.: «Plantados na casa do Senhor, nos átrios do nosso Deus».
Lecionário Romano, Solenidade de São José, leitura (Ecli 45, 1): «Amado por Deus e pelos homens, cuja memória é uma bênção».
Ibid.: «Glorificou-o na presença dos reis, prescreveu-lhe preceitos diante do seu povo e mostrou-lhe a sua glória».
Missal Romano, Preparação para a missa, Oração a São José: «ó feliz varão, bem-aventurado José, a quem foi dado ver a Deus, que muitos reis quiseram ver e não viram, e ouvir e não ouviram…».
Ibid.: «Que muitos reis quiseram ver e não viram, e ouvir e não ouviram; e não só vê-lo e ouvi-lo, mas abraçá-lo, beijá-lo, vesti-lo e guardá-lo».
Ibid.: «Rogai por nós, bem-aventurado São José, para que sejamos dignos de alcançar as promessas de Cristo».
Ibid.: «ó Deus, que nos concedestes o sacerdócio real».
Ibid.: «Fazei, nós Vos pedimos, que, assim como o bem-aventurado José mereceu tratar reverentemente e cuidar com as suas mãos do teu Filho unigénito, nascido de Maria Virgem…» (traduz-se já a continuação da oração).
Mt 2, 13.
Missal Romano, Preparação para a missa, Oração a São José: «Também nós sirvamos nos vossos santos altares de coração limpo e com boas obras».
Ibid.: «De modo que hoje recebamos dignamente o sacrossanto corpo e sangue do vosso Filho e, na vida futura, mereçamos alcançar o prémio eterno».
Sl 20, 4: «Preparaste-o, Senhor, com bênçãos de doçura».
Ibid.: «Colocaste sobre a sua cabeça uma coroa de pedras preciosas».
Sl 111, 1.
Ibid.
Ibid.: «Glória e riquezas enchem a sua casa».
Ibid.
Lecionário Romano, Solenidade de São José, leitura (Mt 1, 18).
Ibid., 19.
Ibid.
Ibid., 20.
Ibid., 21.
Missal Romano, Ação de graças depois da missa, Oração a São José: «Custódio e pai das virgens».
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