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17. Excita, quaesumus, Domine, potentiam tuam et veni

«Excita, quaesumus, Domine, potentiam tuam, et veni»7: Senhor, demonstra o teu poder e vem.

Que bem nos conhece a Igreja, a liturgia, que é oração da Igreja! Repara como conhece o teu desejo e o meu, o teu modo de ser e o meu. «Excita, Domine, potentiam tuam et veni». O poder de Deus vem até nós. É o Deus absconditus que passa, mas que não passa inutilmente.

Vem, Jesus, «para que com a tua proteção mereçamos ser livres dos perigos que nos ameaçam pelos nossos pecados, e sejamos salvos pela tua graça»8 . Dá graças ao Senhor, nosso protetor e libertador. Não penses agora se as tuas faltas são grandes ou pequenas; pensa no perdão, que é sempre muito grande. Pensa que a culpa poderia ter sido enorme e dá graças, porque Deus teve – e tem – esta disposição de perdoar.

Filho, este começo do Advento é uma hora propícia para fazermos um ato de amor; para dizermos «creio», para dizermos «espero», para dizermos «amo», para nos dirigirmos à Mãe do Senhor – Mãe, Filha, Esposa de Deus, nossa Mãe – e lhe pedirmos que nos obtenha mais graças da Santíssima Trindade: a graça da esperança, do amor, da contrição. Para que quando, por vezes, na vida, parece soprar um vento forte, um vento seco, capaz de fazer murchar as flores da alma, as nossas não murchem.

E aprende a louvar o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Aprende a ter uma devoção particular à Santíssima Trindade: creio em Deus Pai, creio em Deus Filho, creio em Deus Espírito Santo, creio na Santíssima Trindade. Espero em Deus Pai, espero em Deus Filho, espero em Deus Espírito Santo, espero na Santíssima Trindade. Amo a Deus Pai, amo a Deus Filho, amo a Deus Espírito Santo, amo a Santíssima Trindade. Esta devoção faz falta como exercício sobrenatural, que se traduz nestes movimentos do coração, embora nem sempre se traduza em palavras.

Notas
7

Missal Romano, I Domingo do Advento, oração.

8

Missal Romano, I Domingo do Advento, oração.

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