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Introdução
Cada pessoa adapta as coisas gerais às suas necessidades e às suas circunstâncias concretas. Com o mesmo tipo de tecido, fazem-se fatos muito diferentes: uns maiores, outros mais pequenos, uns mais largos, outros mais estreitos; milhões de homens tomam o mesmo medicamento, e cada um o usa segundo as suas necessidades pessoais. Quando essas particularidades ou essas circunstâncias são mais ou menos permanentes, originam um modo específico de encarar a vida. Todos temos experiência, por exemplo, daquilo a que podemos chamar a psicologia ou o preconceito psicológico da profissão. Um médico, se vai pela rua e repara numa pessoa, talvez pense instintivamente: tem problemas de fígado; se for um alfaiate a ver a mesma pessoa, dirá: está mal vestida; se for um sapateiro, possivelmente pensará: que belos sapatos tem calçados...
Olhai, meus filhos, se isto acontece na vida profissional, nas coisas humanas, também acontece no campo espiritual. Nós temos uma vida interior particular, própria, que, em parte, só nos é comum a nós. Uma característica dessa vida interior dos membros da Obra, que deve dar a cada um de nós um modo específico de ver as coisas, é procurarmos ativamente a santidade dos outros. Não amamos a Deus se nos dedicamos a pensar somente na nossa própria santidade; temos de pensar nos outros, na santidade dos nossos irmãos e de todas as almas.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/en-dialogo-con-el-se%C3%B1or/29/ (17/11/2025)