Lista de pontos
Bem vedes, filhas e filhos meus, como são grandes os horizontes apostólicos que traz a consideração destes aspectos característicos da nossa espiritualidade, enxertados todos no fio comum da filiação divina.
Deveis estar muito agradecidos a Deus por nos ter dado esta espiritualidade tão sincera e simplesmente sobrenatural, e ao mesmo tempo tão humana, tão perto das nobres ocupações terrenas. É graça muito especial – luz de Deus, vos dizia –, a qual recebemos pela sua misericórdia e com humilde fidelidade havemos de transmitir a muitas outras almas.
Mas tende em conta que, em não poucas ocasiões, esta espiritualidade e esta ascética custaram e custam ao vosso Padre e a alguns irmãos vossos o ter de suportar a incompreensão, o ter de ouvir que se tacha de loucura – e até de heresia – o que é caminho de Deus e de loucos e hereges os que o seguem.
Permite o Senhor muitas vezes que, por trás das obras de Deus, vá a incompreensão e, até mesmo, a difamação e as perseguições, do mesmo modo como depois da luz vem a escuridão. São promovidas frequentemente por pessoas boas com muita cegueira, que não querem saber de nada que não seja a sua rotina, a sua comodidade ou o seu egoísmo e que na sua vida fogem de toda complicação.
E assim, até no ambiente eclesiástico, entre tantas pessoas santas ou – pelo menos – cumpridoras do dever, encontram-se muitas outras sem zelo, que são burocratas da Igreja de Deus e dão a impressão de que não se importam com as almas. Uns e outros não compreendem os termos espirituais: quando se fala com eles, parecem-lhes vazios, não tentaram vivê-los.
Certa vez pensei que, mesmo que seja pouca a preparação que tenham, deveriam aperceber-se do grave dever que deve instar-lhes a pedir informações, a escutar o acusado, a estudar a sua doutrina: a doutrina que o acusado propõe e os frutos que dá.
Calo e calarei, enquanto puder calar; mas sinto claramente que a defesa do espírito da Obra é a defesa da nossa amizade com Deus, que nos diz: ergo iam non estis hospites et advenae, sed estis cives sanctorum et domestici Dei57; já não sois estranhos e forasteiros, mas concidadãos dos santos e familiares de Deus.
Com essa cegueira ou com esse comodismo, não podem compreender que a liberdade – a liberdade pessoal – seja um ponto principalíssimo do espírito da Obra de Deus: não podem compreender que a maior parte das vezes utilizemos o eu, fazendo-nos responsáveis dos nossos atos, e que rara vez podemos dizer nós, pois os demais irmãos nossos – os demais membros do Opus Dei, direi melhor – não têm a obrigação de seguir o critério determinado que tenha um membro do Opus Dei nas coisas temporais, nem nas teológicas que a Igreja deixe à discussão dos homens. É um consolo ler no Santo Evangelho aquele neque enim fratres credebant in eum58, ninguém acreditava em Jesus Cristo.
Há outras pessoas que, querendo fazer-nos pesar a experiência de seus anos velhos, olham para nós com preconceito. Eu, pelo contrário, penso – e vós comigo – que o velho e o novo podem estar cheios de vitalidade: a criança, o jovem, o homem que entrou na maturidade ou na velhice, podem estar sadios, igualmente sadios, de corpo e de alma. E a idade leva-os a dar-nos conselhos – que não pedimos – com o preconceito e a prudência do velho, quando o que precisamos é de orações, compreensão e carinho.
59Tudo isso passará; enquanto isso, lutemos na nossa vida interior, nessa luta ascética que nos enche de otimismo e de alegria, de paz e de esperança. E repitamos aquelas palavras que eram para mim uma jaculatória nos primeiros anos da nossa Obra, uma oração, se quereis, demasiado ingênua, mas que é a mesma que, segundo São João, fizeram os discípulos do Mestre: nunc scimus quia scis omnia60.
Agora continuo a dizê-la: Deus sabe mais. Meus filhos, eramus enim aliquando tenebrae, nunc autem lux in Domino: ut filii lucis ambulate61; éramos em outros tempos trevas, agora somos luz no Senhor: iremos para a frente como filhos da luz.
Perante as contradições, sentiremos este Jesus que diz a Paulo e, em Paulo, a nós: sufficit tibi gratia mea, nam virtus in infirmitate perficitur62; basta-te a minha graça, porque meu poder brilha e consegue o seu fim por meio das tuas fraquezas.
Podeis dizer com certeza, com humildade e com fortaleza, a esses que nos aviltem, as últimas palavras do Apologético de Tertuliano: tal é a contradição entre as obras divinas e as humanas que, quando vós nos condenais, Deus nos absolve63.
Ao chegar a este ponto, parece-me oportuno comentar-vos em concreto algumas das razões que podem explicar – não justificar – a postura de certas pessoas que talvez não procurem entender o nosso caminho ou que se mostram incapacitadas de entendê-lo. Assim, ainda que seja de um modo um pouco negativo, ficarão mais patentes certas afirmações que definem a nossa espiritualidade e a nossa tarefa apostólica.
Os que estão acostumados a louvar o artificial, a se recrearem nas coisas raras ou falsas e a ignorar a beleza das que são preciosas e genuínas – julgam mais belas as flores que não são naturais; quem não ouviu falar, como louvor a umas rosas frescas e viçosas: como são belas, parecem de pano!? – não poderão descobrir facilmente nas obras apostólicas o que é fruto, maravilhoso mas simples, da graça de Deus, da sua providência ordinária e do trabalho esforçado e nobre.
Se estão habituados a fazer espetáculo, com ruído – com abundância de fogos de artifício –, essa disposição de ânimo, que talvez dura vários séculos, pode ter formado neles uma consciência peculiar, uma mentalidade que os torna inaptos a ver – não a crer: apalpa-se – que os demais não usam de gestos postiços nem de segredices, que procedem com toda a simplicidade e naturalidade, ingenuamente e, portanto, humildemente.
Se são superficiais e estão acostumados a desvirtuar, com leviandade e desconsideração, o legítimo sentido que, em determinadas vocações específicas, podem ter elementos respeitáveis, mas não essenciais para a verdadeira procura da perfeição cristã – cores e formas de hábito, cerimônias longas e solenes, cordões, cintos, crucifixos atravessados sobre o peito, medalhas à vista etc.: signos nos quais se manifesta, com alguma frequência, um certo classismo, lamentado pela Igreja em mais de uma ocasião –, dando-lhes importância capital, essas pessoas, digo, sentir-se-ão movidas a duvidar da presença de um verdadeiro caminho de santidade se percebem a falta absoluta desses elementos tradicionais.
E no nosso caso, meus filhos, faltam todos; nem sequer existe, nem pode existir, uma sigla para o nome da Obra, simplesmente porque não temos nada a ver com o estado religioso: somos cidadãos comuns, iguais aos demais cidadãos.
Se ignoram o que significa a dedicação completa a um trabalho profissional sério, à ciência profana, estarão muito longe de poder avaliar o alcance e a envergadura do trabalho apostólico que Deus pede aos membros da Obra e o modo como o realizam.
Se estão habituados a se servirem da Igreja para seus fins de vaidade pessoal, a mandar sem freio, a atropelar, a querer intrometer-se em tudo, por princípio serão inimigos de qualquer tarefa em que se limitem com justiça seus desejos de dominar, porque considerarão que se atenta contra a sua autoridade e talvez, também, contra seus interesses econômicos.
Tampouco nos pode estranhar, meus filhos, embora seja doloroso comprová-lo, que haja pessoas que, inconscientemente, formem o entorno natural dessas pessoas às quais acabo de aludir, deixando-se levar por lugares-comuns – que é necessário deitar abaixo, porque limitam e condicionam a ação divina e a vitalidade da Igreja – e por preconceitos que nascem do erro, da falta de doutrina.
Essas outras pessoas às quais agora me refiro, embora sejam honestas, não conseguem ver a retidão e a legitimidade de um horizonte de aspirações nobres tão aberto ante seus olhos como o que oferece a Obra; embora sejam boas, não resistem ao martelar da informação unilateral ou equivocada levada por gente aparentemente respeitável; embora sejam incapazes de fazer o mal, não fazem o bem, por medo aos poderosos; embora sejam inteligentes e mesmo doutas, não percebem a eficácia do serviço a Deus e à sua Igreja que se desenvolve na sua presença, nem a doutrina teológica que o sustenta, nem a norma jurídica que requer.
Tudo isso, filhas e filhos meus, nada importa. Se quis fazer um inciso para aludir a essas dificuldades, é apenas porque a sua consideração nos ajuda – por contraste – a perfilar melhor os traços característicos do nosso espírito. De resto, rezai com confiança filial em nosso Pai Deus, desculpai a todos e esperai.
Quando o Céu julgar chegada a hora, fará com que abramos – na organização do apostolado da Igreja – o leito por onde deve transcorrer este rio caudaloso que é a Obra e que, nas circunstâncias atuais, não tem ainda um lugar adequado onde se assentar: será tarefa árdua, penosa e dura. Será preciso superar muitos obstáculos, mas o Senhor nos ajudará, porque tudo na sua Obra é Vontade dEle.
Rezai. Vivei unidos à minha oração contínua: Domine, Deus salutis meae: inclina aurem tuam ad precem meam88. Dizei comigo: Senhor, Deus Salvador nosso, escuta a nossa oração. Sem que nunca vos falte a convicção profunda de que as águas passarão através das montanhas: inter medium montium pertransibunt aquae89. São palavras divinas: as águas passarão.
Enquanto passa o tempo, fazei o propósito de praticar, como eu fiz, o convite que recebi há pouco em Burjasot, durante uns dias de pregação a um grupo de universitários – alguns já sois filhos meus – que se preparavam para melhorar a sua vida cristã. Sobre uma porta, reli com agrado uma inscrição que dizia: cada caminhante siga o seu caminho. Isto é o que nós devemos fazer: esforçar-nos cada vez com mais empenho para conhecer bem o caminho específico ao qual Deus Nosso Senhor nos trouxe, e segui-lo fielmente.
Não vos surpreenda encontrar pessoas, no entanto, que considerem ambição vosso afã de trabalhar por Deus em todos os postos da sociedade – naqueles que vos correspondem, pela vossa profissão ou ofício, ou pela vossa condição de cidadãos – ou que reajam como que ofendidas ante o vosso serviço.
Não vos molesteis – dir-vos-ei com uma metáfora inocente que desagradou alguns que, pelo visto, latem – perdendo tempo em apedrejar os cães que vos latem pelo caminho e, sem ostentações nem espetáculos, continuai propondo-vos metas, meios nobres, fins concretos que vos ajudem a ir adiante, com firmeza humana e sobrenatural, para pôr aos pés de Cristo todas as atividades terrenas.
Não vos preocupe o que irão dizer: trabalhai sem olhar de esguelha o vizinho – como muitos fazem –, porque o contrário é coisa má que a ninguém beneficia. Considerai apenas se Deus está contente e alegrai-vos se comprovais que os demais fizeram o mesmo.
Filhas e filhos meus, alegrai-vos também quando a dureza do trabalho vos fizer recordar talvez que estais servindo, porque servir por Amor é uma coisa deliciosa, que enche a alma de paz, embora não faltem sensabores. Tenho por orgulho – e deveis tê-lo vós também – ser o servidor de todo o mundo.
Quero servir a Deus e, por amor a Deus, servir com amor todas as criaturas da terra, sem distinção de línguas, de raças, de nações ou de crenças; sem fazer nenhuma dessas diferenças que os homens, com mais ou menos falsidade, assinalam na vida da sociedade.
Grande e formosa é a missão de servir. Por isso, este bom espírito – grande senhorio –, que se compagina perfeitamente com o amor que temos à liberdade, deve impregnar todo o trabalho das minhas filhas e dos meus filhos no Opus Dei. E quero que também seja a característica principal da minha pobre vida de sacerdote e de Padre vosso: ser e saber-me servo sempre, especialmente nas épocas – que não faltarão – em que muitos fujam da humildade do serviço ao próximo.
No entanto, no mundo de hoje, com essas manobras escusas e essas confusões – com essa falsidade, disse-vos antes –, há muitas pessoas que, quando ouvem falar de serviço, assustam-se, pois estão cheias de soberba e não consideram que, no mundo, servimo-nos uns aos outros; não há ninguém na terra que, de alguma forma, não tenha de servir aos demais, porque dependemos dos que moram em nosso país, dos que estão próximos e dos que estão longe, dos que habitam em outras nações: de todos.
Servimos aos demais quer queiramos, quer não, e nós devemos fazê-lo com gosto, com a alegria que o Senhor depositou em nosso espírito: servite Domino in laetitia12, servi ao Senhor com alegria.
Não vos faltarão dificuldades, porque sempre encontrou obstáculos quem pretendeu fazer algo de bom; e, tratando-se de um serviço à Igreja, ousaria dizer que esses obstáculos são de ordinária administração.
Surpreende às vezes que sejam postos precisamente por alguns que se consideram ou se proclamam católicos, mas – examinadas as coisas de perto – a contradição dos bons com frequência se vê que não é tão dos bons, pois costumam ser os mesmos que, talvez mais veladamente, atacam outros membros da Igreja ou aqueles que a governam.
A tática que costumam seguir é dupla: por um lado, procuram esconder ou desconhecer o serviço feito por aqueles aos quais põem as suas rasteiras, para que não pareça que a atacada é a Igreja; e, por outro, mascaram esse procedimento ignóbil usando disfarces pseudoapostólicos, com o pretexto de unir a eles, sob a mesma bandeira, os que, por ódio à Igreja, estão dispostos a fazer-lhes eco a fim de destruir as criaturas que – no seio da Igreja – Deus mesmo promove conforme os tempos, para a sua glória e seu serviço.
Ao pregar, durante todos estes anos, ao clero de toda a geografia da Espanha, costumava dizer aos sacerdotes que há três classes de padres: os que não fazem mal a ninguém, mas tampouco fazem demasiado bem, porque se converteram em burocratas da religião; os revoltosos, que se movimentam incessantemente, tumultuando muito, fazendo barulho; e os verdadeiramente zelosos, que, cheios de um santo entusiasmo, não se detêm perante nenhum sacrifício a fim de aproximar as almas de Deus.
Ordinariamente, ninguém ataca os que pertencem aos dois primeiros grupos; somente os do terceiro grupo – precisamente pelo seu afã de servir à Igreja – veem-se expostos a críticas e murmurações. Perante o seu trabalho abnegado, não faltam até alianças diabólicas que – ainda que tivessem um motivo justo, e não costumam tê-lo – vão além do sentido da justiça e resvalam em algo que parece uma inexplicável sede de vingança: veem-se publicamente, de braços dados, eclesiásticos e personagens do mundo bem conhecidos pelos seus contínuos ataques à Fé Católica.
É doloroso, ademais, que um tal modo de tratar os que desejam ser fiéis encontre crédito entre pessoas que deveriam gozar de um claro discernimento. Causa pena comprová-lo, por dois motivos: porque, prestando atenção e dando fé a essas charlatanices, passam-se por alto a injustiça e a falta de equidade que se comete; e porque as pobres almas que são alvo dessas manobras não costumam ter meios para se defender nem demonstrar a verdade: a maior parte das calúnias é anônima, e não há direito ao qual recorrer.
Muitas vezes esses coitados veem jogar-lhes às costas um cúmulo de lixo, ex informata conscientia, e infelizmente a consciência – que acolhe coisas santas – é por vezes elástica e se enche também de coisas tremendamente más.
Não se pode julgar sem ouvir o acusado, só na base de ir colhendo o diz-se, pois, se esquecemos essa elementar regra de prudência, ninguém ficaria em pé dentro da Igreja de Deus. Desse modo, esses acusadores não serão amigos de Deus, que disse: vos amici mei estis, si feceritis quae ego praecipio vobis13; vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando, se agirdes com retidão.
Utilizam-se por vezes procedimentos medievais, com segredos desumanos que não permitem a ninguém se defender; que obrigam o réu a dar golpes na escuridão, a angustiar-se porque não sabe de onde vem a acusação nem do quê o acusam; e, se pergunta, tampouco lhe respondem.
Atribuem-se a ele com frequência coisas que ignora – se as conhecesse, poderia rebatê-las facilmente –, e o único consolo que lhe resta é oferecer seus sofrimentos a Deus e pensar que algo semelhante aconteceu a Jesus: nemo tamen palam loquebatur de illo propter metum iudeorum14, ninguém falava publicamente dEle, por medo dos judeus.
Não é que o sistema seja simplesmente velho: é que é injusto, ainda que se elabore um informe ou muitos informes, ou até mesmo um processo, quando o interessado ou seus defensores não podem conhecer as causas da imputação: porque muitas vezes o acusador age por paixão pessoal, bem alheia à justiça.
Por isso, nesses tristes casos, costumam dar-me mais pena os acusadores e os que julgam do que os que aparecem como réus: os primeiros arriscam a alma; aos segundos, podem-se dizer as palavras da primeira Epístola de São Pedro: si quid patimini propter iustitiam, beati15; se padeceis pela justiça, sois bem-aventurados.
Penso sinceramente que, se alguém for acusado, é a ele que se deve questionar em primeiro lugar, porque é quem conhece a teoria e a prática do que faz e poderá esclarecer os pontos que se lhe pedirem. Por vezes, no entanto, dá a impressão de que se confunde o equívoco com o equivocado, e não falta quem pense que o que verdadeiramente interessa a alguém é condenar quem se equivocou, sem tentar corrigir o erro: entre outras coisas, porque o erro não existe.
Até os fariseus – et qui missi fuerant erant ex pharisaeis16– se comportaram de maneira mais nobre, perguntando diretamente ao Batista: tu, quis es?17, tu quem és? E João, videns autem multos pharisaeorum18, vendo um grupo de fariseus, chamou-os raça de víboras19.
27Filhas e filhos queridíssimos, também nisso se nota que a Obra é de Deus, porque – como àqueles primeiros cristãos – tocou a nós sofrer a mesma sorte pela incompreensão e a ciumeira de falsos irmãos, que chegaram a tratar-nos como hereges. Mentem, por inveja, e esquecem infelizmente que, quando se decidirem a falar a verdade, serão – só então – fecundos em Cristo: veritas liberavit vos28, a verdade os libertará.
É certo que tivemos de sofrer – e não há sinais de que por enquanto nos deixarão trabalhar tranquilos –, mas não deixeis de esclarecer aos que nos digam, como se compadecendo-se de nós, quantos inimigos têm os senhores!: sim, e quantos amigos! Porque essa é a realidade, e a cada dia serão mais os que nos entendam e nos queiram bem.
Agora, por amor à sua Obra, o Senhor está nos tornando protagonistas da parábola da videira e os ramos; está permitindo a contradição, ut fructum plus afferat29, para que demos ainda mais fruto. Aos olhos dos homens, é talvez incompreensível – poderia dizer-se: eu não o entendo..., e o senhor corregedor tampouco o entende –, mas nos desígnios de Deus são providenciais essas pessoas que, esmagando o próprio cérebro, quiseram encontrar pelo em ovo, quando – para entender a Obra – basta ser católico de reta intenção e conhecer um mínimo de ação pastoral, de teologia e de direito.
Sobre o significado de “luta ascética” em São Josemaria, veja-se o Glossário.
Jo 16, 30: “agora vemos que tu sabes tudo”.
Ef 5, 8.
2 Cor 12, 9.
Tertuliano, Apologeticum, 50, 3 (FC 62, p. 296).
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/book-subject/cartas-2/28436/ (19/11/2025)