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Escutai os vossos filhos, dedicai-lhes também o vosso tempo, mostrai-lhes confiança, acreditai no que vos disserem, ainda que uma vez ou outra vos enganem; não vos assusteis com as suas rebeldias, posto que também vós, na mesma idade, fostes mais ou menos rebeldes; saí-lhes ao encontro, até meio do caminho, e rezai por eles. E vereis como recorrerão a seus pais com simplicidade - podeis estar certos, se agis assim cristãmente -, em vez de recorrerem, com suas legítimas curiosidades, a um amigalhaço desavergonhado e brutal. A vossa confiança, a vossa relação amigável com os filhos, receberá em resposta a sinceridade deles para convosco. E isto é a paz familiar, a vida cristã, embora não faltem contendas e incompreensões de pouca monta.

Como descreverei - pergunta um escritor dos primeiros séculos - a felicidade desse matrimônio que a Igreja une, que a entrega confirma, que a bênção sela, que os anjos proclamam, e que Deus Pai tem por celebrado?… Ambos os esposos são como irmãos, servos um do outro, sem que se dê entre eles separação alguma, nem na carne nem no espírito. Porque verdadeiramente são dois numa só carne, e onde há uma só carne deve haver um só espírito… Ao contemplar esses lares, Cristo se alegra e envia-lhes a sua paz; onde estão dois, ali está Ele também, e onde Ele está, não pode haver nada de mau.

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