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Endeusamento bom: Esperem em ti - canta o Ofertório - todos os que conhecem o teu nome, Senhor, porque nunca abandonas os que te procuram. E vem o regozijo deste barro cheio de grampos, porque Ele não se esqueceu das orações dos pobres, dos humildes.
Não concedamos o menor crédito aos que apresentam a virtude da humildade como apoucamento humano ou como uma condenação perpétua à tristeza. Sentir-se barro, recomposto com grampos, é fonte contínua de alegria; significa reconhecer-se pouca coisa diante de Deus: criança, filho. E há maior alegria que a de quem, sabendo-se pobre e fraco, se sabe também filho de Deus? Por que é que nós, os homens, nos entristecemos? Porque a vida na terra não se desenvolve como nós pessoalmente esperávamos, porque surgem obstáculos que impedem ou dificultam que levemos a cabo o que pretendemos.
Nada disto acontece quando a alma vive a realidade sobrenatural da sua filiação divina. Se Deus está por nós, quem contra nós? Que estejam tristes os que se empenham em não reconhecer-se filhos de Deus, venho repetindo desde sempre.
Para terminar, descobrimos na liturgia de hoje duas orações que hão de sair como setas da nossa boca e do nosso coração: Concedei-nos, Senhor Todo-Poderoso, que, realizando sempre os divinos mistérios, mereçamos abeirar-nos dos dons celestiais. E: Nós vos rogamos, Senhor, que nos concedais servir-vos constantemente segundo a vossa vontade. Servir, servir, meus filhos; isto é o que nos toca; ser criados de todos, para que nos nossos dias o povo fiel aumente em mérito e número.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/amigos-de-dios/108/ (13/10/2024)