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Esta deve ser a vossa preparação para o apostolado contínuo que Jesus nos pede, como é contínuo o bater do coração. Meus filhos, o Senhor chamou-nos à sua Obra em momentos em que se fala muito de paz e não há paz: nem nas almas, nem nas instituições, nem na vida social, nem entre os povos. Fala-se continuamente de igualdade e democracia, e há castas: fechadas, impenetráveis.
Ele nos chamou num momento em que se clama por compreensão, e a compreensão não é vivida, às vezes, nem mesmo entre pessoas que agem de boa-fé e querem praticar a caridade, porque a caridade, mais do que em dar, está em compreender.
São momentos em que os fanáticos e os intransigentes — incapazes de admitir as razões alheias — acautelam-se, chamando suas vítimas de violentas e agressivas. Ele nos chamou, por fim, quando se ouve falar muito de unidade, e talvez seja difícil conceber que possa haver maior desunião, não apenas entre os homens em geral, mas entre os próprios católicos.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-1/183/ (16/11/2025)