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24Compreendereis melhor a obra de São Rafael se a considerais com independência do trabalho de proselitismo, embora, na realidade, a obra de São Rafael e o proselitismo caminhem sempre unidos. Mas não podemos dizer que com um rapaz ou uma moça se faz labor de São Rafael e, com outros, proselitismo; porque com todos fazemos labor de proselitismo, sejam ou não de São Rafael: alguns receberão a graça da vocação e outros, não.
Se fixamos a nossa atenção naqueles que tratamos como simples amigos ou amigas da obra de São Rafael, iremos descobrindo a maneira de desenvolver com naturalidade o nosso apostolado com eles: o que devemos ensinar-lhes, o que esperamos deles e o que eles esperam de nós, o que Deus lhes pede.
O proselitismo para a obra de São Rafael começa, pois, pela amizade, pelo trato humano ou profissional com um dos meus filhos ou com uma das minhas filhas. Amizade e trato que os de Casa sobrenaturalizam desde o primeiro momento, porque é um labor de apostolado; mas, exteriormente, os rapazes que participam não o veem já no primeiro dia, embora depois venham a compreender e assimilar sem necessidade de nenhuma declaração expressa.
Essa amizade, essa relação com um de vós, amplia-se depois, por um lado, com o afeto, com a simpatia e pela frequência com que a pessoa em questão vai a uma casa do Opus Dei, à qual começou a ir e aprendeu que devia considerar como própria; tudo isto, claro está, une-se depois a uma amizade com os que conhece e trata naquele lar nosso.
E, por outro lado, porque na gente de São Rafael nasce uma aceitação, uma adesão ao espírito do Opus Dei; e um carinho, um querer de verdade a Obra – que também começam a considerar como própria –, com a qual vão-se identificando aos poucos.
“como todos fazemos labor de proselitismo”: veja-se o Glossário.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-2/127/ (17/11/2025)