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Os pobres da Virgem. Essa delicadeza de caridade também começou muito cedo, com os primeiros passos da Obra. Declina pauperi sine tristitia aurem tuam... et responde illi pacifica in mansuetudine39; escuta o pobre com gosto... e fala-lhe sempre com mansidão e com palavras de paz.
Essas visitas cheias de afeto, em que são ouvidos com carinho, em que se lhes levam umas palavras amáveis – cristãs, fraternais – e alguma pequena coisa de que habitualmente não gozam são uma fineza de caridade espiritual, que além disso fazem um grande bem aos nossos rapazes de São Rafael.
Esse contato com a miséria ou com a humana debilidade é uma ocasião de que o Senhor costuma valer-se para acender numa alma quem sabe quais desejos de generosas e divinas aventuras. Ao mesmo tempo, sensibiliza os mais jovens, para que tenham sempre entranhas de justiça e de caridade.
Com essas singelas visitas não vamos resolver nenhum problema social. Explicai-o assim aos rapazes: trata-se de levar um pequeno presente extraordinário que conforte um pobre, um doente, alguém que está sozinho; de fazer com que passe um tempo agradável, de prestar-lhe talvez algum pequeno serviço, e mais nada.
Compreenderão logo, se vão tendo vida interior; e, ademais, se sabem que fazemos isto também para honrar a Nossa Senhora: Ela é mãe, Mãe de Deus e Mãe nossa, e conhece o que uns corações jovens querem significar com esses mínimos atos de amor a seus irmãos necessitados.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-2/150/ (09/12/2024)