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Venho falando de seleção e, quando toco este ponto de novo nesta mesma carta, a fim de afastar de vós possíveis escrúpulos e vos dar uma consciência reta, digo-vos que desejar ser seleto não é soberba, que não é arrogância querer ser melhores.
Pelo contrário, trata-se de uma virtude grata a Deus: porque conhecemos o material ruim de que estamos feitos e, para sermos melhores, haveremos de apoiar-nos sempre na misericórdia e na graça do Senhor, repetindo aquelas palavras de São Paulo: omnia possum in eo qui me confortat25.
Temos, portanto, a obrigação de formar essas almas de uma maneira que lhes ajude a ser bons católicos, retificando a sua conduta, incutindo neles a necessidade da vida interior e pondo na sua consciência a convicção de que o trabalho de cada dia é o meio mais apto para conseguir a perfeição cristã e para fazer o bem às almas todas.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-2/130/ (19/11/2025)