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Os Cursos são também uma ocasião magnífica para que alguns amigos mais antigos colaborem. Podem desenvolver eles mesmos os temas que tenham condições de expor com clareza e precisão, dirigindo depois, com competência, as trocas de impressões.
Quero recordar-vos aqui de que – como sempre – essas trocas de impressões não são uma revisão crítica da doutrina exposta, e muito menos uma discussão: são um breve tempo tranquilo de estudo. Têm como finalidade esclarecer dúvidas sinceras e positivas, ou facilitar argumentos ou precisões de detalhe, a fim de que os rapazes exponham depois esta doutrina, com eficácia, a outras pessoas. Para conseguir esta finalidade, convém que os Numerários e os amigos que assistem à aula como alunos ajudem quem preside a dirigir a conversa com ordem.
Não esqueçais que, se parece que vai se acender uma polêmica apaixonada, é melhor aconselhar que escrevam brevemente o seu pensamento, e com a maior exatidão que puderem: depois se concretiza de palavra a sós com o interessado, a não ser que a matéria possa ser útil para todos.
Será interessante que esses amigos que intervêm neste labor prestem a sua ajuda profissional concreta aos melhores alunos dos Cursos Profissionais. Com a sua experiência e a sua maturidade, poderão orientá-los e aconselhá-los eficazmente.
Muitas vezes, encontrarão também nestes jovens – profissionalmente seletos – bons colaboradores para seu próprio trabalho; e, deste modo, haverá ocasião de continuar em relação com eles e de prolongar, como disse antes, o trato apostólico: servans semitas iustitiae, et vias sanctorum custodiens37, ajudando-os a conservar o caminho da sua retidão.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-2/146/ (19/11/2025)