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A legítima liberdade dos homens, se são verdadeiramente honestos, com a ajuda divina, leva-os ao desejo de servir a Deus e às suas criaturas. Servite Domino in veritate1, servi ao Senhor em verdade, aconselhava Tobias a seus filhos. E este é o conselho que também eu vos dou, porque recebemos o chamado de Deus para fazer um peculiar serviço à sua Igreja e a todas as almas. A única ambição, o único desejo do Opus Dei e de cada um dos seus filhos, é servir à Igreja como Ela quer servida, dentro da específica vocação que o Senhor nos deu.

Nos sumus servi Dei caeli et terrae2, somos servos do Deus dos céus e da terra. E toda a nossa vida é isso, filhas e filhos meus: um serviço de metas exclusivamente sobrenaturais, porque o Opus Dei não é nem será nunca – nem pode sê-lo – instrumento temporal; mas é ao mesmo tempo um serviço humano, porque não fazeis senão tentar conseguir a perfeição cristã no mundo limpamente, com a vossa libérrima e responsável atuação em todos os campos da atividade cidadã. Um serviço abnegado, que não envilece, mas educa, engrandece o coração – torna-o romano, no sentido mais alto desta palavra – e leva a buscar a honra e o bem das gentes de cada país: para que cada dia haja menos pobres, menos ignorantes, menos almas sem fé, menos desesperados, menos guerras, menos insegurança, mais caridade e mais paz.

Notas
1

Tb 14, 10.

2

Esd 5, 11.

Referências da Sagrada Escritura
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