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Não vos preocupe o que irão dizer: trabalhai sem olhar de esguelha o vizinho – como muitos fazem –, porque o contrário é coisa má que a ninguém beneficia. Considerai apenas se Deus está contente e alegrai-vos se comprovais que os demais fizeram o mesmo.
Filhas e filhos meus, alegrai-vos também quando a dureza do trabalho vos fizer recordar talvez que estais servindo, porque servir por Amor é uma coisa deliciosa, que enche a alma de paz, embora não faltem sensabores. Tenho por orgulho – e deveis tê-lo vós também – ser o servidor de todo o mundo.
Quero servir a Deus e, por amor a Deus, servir com amor todas as criaturas da terra, sem distinção de línguas, de raças, de nações ou de crenças; sem fazer nenhuma dessas diferenças que os homens, com mais ou menos falsidade, assinalam na vida da sociedade.
Grande e formosa é a missão de servir. Por isso, este bom espírito – grande senhorio –, que se compagina perfeitamente com o amor que temos à liberdade, deve impregnar todo o trabalho das minhas filhas e dos meus filhos no Opus Dei. E quero que também seja a característica principal da minha pobre vida de sacerdote e de Padre vosso: ser e saber-me servo sempre, especialmente nas épocas – que não faltarão – em que muitos fujam da humildade do serviço ao próximo.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-2/190/ (19/11/2025)