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20Por essa razão, a novidade do Opus Dei não pode ser julgada justamente com a mentalidade dos que estão acostumados a estudar somente os problemas da vida clerical ou da vida religiosa; e não estão habituados a investigar ou a meditar sobre a realidade laical na vida do cristão comum: que deve viver desprendido do mundo, mas ao mesmo tempo no mundo, amando-o, enxertado nos afazeres temporais, exercitando o trabalho do qual vive e – no nosso caso – do que teria vivido se não fosse do Opus Dei.

Com uma mentalidade assim, é fácil que vossa perseverança no trabalho profissional – sem deter-se em fadigas nem em cansaços – seja interpretada como ambição de comando ou de cargos, quando se trata apenas de buscar a santificação nesse trabalho, realizando-o com a maior perfeição possível – também humanamente –, por amor de Deus e para aproximar as almas de Cristo e da sua Igreja, numa abnegada, difícil e humilde missão de amizade e de serviço.

Não podemos ser considerados amadores, como alguns religiosos e sacerdotes que exercem ofícios seculares ou cultivam ciências profanas marginalmente, desvirtuando mais ou menos, em alguns casos, a sua vocação sacerdotal ou religiosa, e até o próprio trabalho científico ou profissional que lhes é alheio.

Notas
20

Sobre a diferença entre clericalismo e diletantismo, e também sua diferença com o trabalho científico ou profissional de alguns sacerdotes e religiosos, veja-se o Glossário.

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