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Devemos ser, pois, anticlericais, com um anticlericalismo que nos faz amar mais a Igreja e que é bom, porque existem outros anticlericalismos que são ruins.
Um deles é violento, suadente diabolo, e por ódio a Deus leva a arrasar entre torturas crudelíssimas tudo quanto faça referência à religião, ao sacerdócio; existe outro tipo de anticlericalismo, também mau, que – talvez sem chegar à violência – ignora ou despreza as coisas de Deus; um terceiro, que nasce de ver clérigos e leigos servir-se da Igreja para conseguir bens puramente temporais.
E finalmente o nosso, que estou certo de que agrada ao Senhor, porque nos leva a desejar, para a Igreja e para seus ministros, uma liberdade santa de amarras temporais: porque nos faz aborrecer conaturalmente qualquer tipo de abusos, de mesquinharias que utilizem a Cruz de Cristo em benefício pessoal, ou que convertam a vocação divina, que o Senhor dá para servir, numa máquina caça-níqueis que só busca a comodidade e o próprio proveito.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-2/200/ (15/11/2025)