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Uma mentalidade desse estilo esqueceria o espírito de serviço que há de estar presente em todos os que trabalham por Cristo e levaria a considerar os cargos não como cargas, mas como prebendas que poderiam utilizar-se em benefício próprio; ou como privilégios, que isentariam de qualquer obrigação; ou como um patrimônio pessoal, que poderia ser manipulado ao bel-prazer do dono.
Esse modo de proceder nem sequer estaria justificado quando se tencionasse abusar da autoridade em favor de um determinado movimento apostólico ou de um concreto labor de almas. Porque não têm cabimento caprichos nem favoritismos naquilo que pertence a todos os filhos da Igreja, uma vez que foi recebido intuitu ministri Dei, enquanto operário de Deus, que é tanto como tê-lo recebido intuitu gregis seu Populi Dei, isto é, em benefício de todos os fiéis.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-2/202/ (15/11/2025)