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Não temais, no entanto, que a Igreja pisoteie essa característica do nosso espírito. Consta-vos como, geralmente, os Ordinários das dioceses onde trabalhamos nos entendem e nos querem bem; e – seja qual for a forma jurídica que, com o tempo, tome a Obra – a Igreja, que é nossa Mãe, respeitará o modo de ser dos seus filhos, porque sabe que, com isso, só pretendemos servir a ela e agradar a Deus.
Essa é a razão pela qual não admitimos nenhuma dúvida nem suspeita sobre a Igreja; nem a toleramos em outros sem protestar. Não procuramos os lados vulneráveis da Igreja – pela ação dos homens nela – para a crítica, como costumam fazer alguns que não têm fé nem amor. Não concebo que se possa amar à mãe e se fale dessa mãe com desapego.
E nunca estaremos bastante satisfeitos com o nosso trabalho, mesmo que sejam muitos os serviços que, pela graça de Deus, façamos à Igreja e ao Papa, porque o amor exigirá de nós cada dia mais e nossos trabalhos sempre nos parecerão modestos, uma vez que o tempo de que dispomos é breve: tempus breve est36.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-2/232/ (19/11/2025)