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O nosso caminho não é o dos mártires — se vier o martírio, nós o receberemos como um tesouro —, mas o dos confessores da fé: confessar nossa fé, manifestar nossa fé na vida cotidiana. Porque os sócios15 da Obra vivem a vida corrente, a mesma vida de seus companheiros de ambiente e de profissão. Mas, no trabalho ordinário, devemos sempre manifestar a caridade ordenada, o desejo e a realidade de fazer com perfeição a nossa tarefa por amor; a convivência com todos, para trazê-los opportune et importune, com a ajuda do Senhor e com garbo humano, para a vida cristã, e até para a perfeição cristã no mundo; o desprendimento das coisas da terra, a pobreza pessoal amada e vivida.
Devemos ter presente a importância santificadora do trabalho e sentir a necessidade de compreender a todos para servir a todos, sabendo que somos filhos do Pai Nosso que está nos céus, e unindo — de uma forma que acaba por ser conatural — a vida contemplativa com a ativa: porque assim o exige o espírito da Obra, e a graça de Deus facilita aos que generosamente o servem nesta chamada divina.
“Sócios”: hoje prefere-se denominá-los “membros” ou “fiéis”. | “opportune et importune”: “com oportunidade e sem ela”, cf. 2 Tm 4, 2. [N. do E.]
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-1/10/ (15/11/2025)