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A filiação divina é clara. Eles não a entendiam. Dai graças, porque sabeis que sois verdadeiros filhos de Deus, porque sabeis, como escreve São João, que Deus é justo; sabeis também que quem vive segundo a justiça, praticando as virtudes, é filho legítimo de Deus32.
Vou prosseguir advertindo-vos com São João: vede que terno amor o Pai teve por nós, querendo que nos chamemos filhos de Deus e o sejamos de fato. Caríssimos, nós agora já somos filhos de Deus33. São Paulo nos confirma nesta crença quando escreve: era coisa digna que aquele Deus, para quem e por quem são todas as coisas, tendo de conduzir muitos filhos adotivos à glória, consumasse ou imolasse pela paixão e morte o autor e modelo da salvação dos próprios filhos, Jesus Cristo Nosso Senhor. Porque aquele que santifica e os que são santificados têm todos a sua origem de um só, ou seja, todos eles têm natureza humana. Por isso, não desdenha de chamá-los de irmãos, dizendo: anunciarei o teu nome aos meus irmãos: no meio da Igreja cantarei os teus louvores. E em outro lugar: colocarei nele toda a minha confiança. E acrescenta: aqui estou eu e meus filhos, que Deus me deu34.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-1/104/ (07/07/2025)