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Nestes tempos de laicismo, destacam-se dois tipos de pessoas: os que atacam a Igreja de fora e os que a atacam de dentro, valendo-se da própria Igreja. Uns deles — aqueles que atacam de fora — são laicistas, dizem; os que atacam de dentro, não sei como chamá-los: vamos chamá-los de pietistas. O espírito da Obra está em não nos servirmos da Igreja, mas em servir a Igreja.
E, para isso, não envolver a Igreja com coisas terrenas; por sermos filhos da Igreja e havermos recebido uma chamada específica de Deus, levamos a Deus todas as coisas da terra, mas não chamamos as nossas obras de católicas: o mundo inteiro já vê que o são.
Não colocamos nomes de santos nas nossas tarefas de apostolado, porque não é necessário nem conveniente. E, se fosse, outros já o fazem: que nos deixem servir a Santa Igreja por nossa própria conta e risco, sem comprometê-la. O contrário — servir-se da Igreja, para nela amparar a vida profissional, social e política — parece-me um falso amor pela Esposa de Jesus Cristo: e, humanamente falando, um modo de agir pouco limpo, feio.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-1/109/ (17/11/2025)