26
Meus filhos, não foi murmuração, não exagerei na dose; contei uma parte do que vi, pois me pareceu necessário para evitar o escândalo dos que não se escandalizam daqueles que têm o cristianismo ou o catolicismo como instrumento oficial para as suas empresas e suas ambições.
Mas deixemo-los e pensemos, devagar, sobre o que está no cerne do nosso trabalho profissional. Dir-vos-ei que é uma única intenção: servir. Porque no mundo, agora, é clara a importância da missão social de todas as profissões: até a caridade tornou-se social, até o ensino tornou-se social.
Para tudo que seja servir ao próximo, existe uma técnica que o Estado tenta tomar em suas mãos. Portanto, cada um dos filhos de Deus em sua Obra deve sobrenaturalizar o exercício do seu trabalho, do seu ofício, servindo verdadeiramente com sentido sobrenatural o próximo, a pátria, a Deus. Ao servir diretamente a Igreja — não os eclesiásticos —, servi-a sem cobrar; porque há muitos leigos que não trabalham pela Igreja se não forem pagos. Esta é a orientação que vos dou, a que recebemos de Deus: não cobrar, servindo à Igreja; pagar, pagar, pagar mesmo dando toda a nossa vida.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-1/112/ (17/11/2025)