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Quando vos falo do apostolado do exemplo, da ação pessoal livre e responsável, de nunca ser católicos oficiais, talvez alguém possa pensar que, para tornar mais eficaz este acesso apostólico a todos os ambientes e para dar mais facilmente este exemplo cristão, seria conveniente guardar sigilo quanto ao fato de pertencer à Obra.

Vede: não é assim. Odeio o segredo, que muitas vezes só serve para fazer o mal ou para diluir a responsabilidade. Não admito outro segredo que não o da confissão: e digo-o sempre a todos aqueles que alguma vez se aproximam de mim com a pretensão de me dizer algo em segredo.

Certamente agora, porque estamos no início deste trabalho divino, da nossa Obra de Deus, é absolutamente necessário não divulgar imprudentemente o nosso caminho, porque poucos estão em condições de entender esta novidade. Mas esta nossa atitude temporária é a mais natural: é o segredo da gestação.

Todos os seres que têm vida precisam de certo tempo de proteção — mais ou menos longo —, antes de virem à luz; precisam de algumas condições particulares que possibilitem seu primeiro desenvolvimento, seu amadurecimento. A natureza faz isso com as plantas e com os animais e com os homens; é, portanto, perfeitamente natural que tenhamos o mesmo cuidado com a Obra, que é um organismo vivo, que está iniciando sua atividade. Por outro lado, é assim que todas as instituições apostólicas começaram ordinariamente: sem espetáculo, sem barulho. Infelizmente ou felizmente, é previsível que de fazer barulho sobre a Obra de Deus outros já se encarregarão.

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