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Devemos ter uma santa impaciência por comunicar o fogo divino que o Senhor fez arder em nossos corações a todas as almas que estão ao nosso redor, e até mesmo às mais distantes: mas, enquanto não chegue a aprovação da Santa Igreja, convém agir com prudência — de acordo com o Revmo. Ordinário do lugar, como sempre fizemos —, dando a conhecer afirmativamente às pessoas a realidade da Obra. Fique, porém, muito claro que esta forma de proceder não é, de forma alguma, guardar segredos: trabalhamos à vista de todo o mundo, e, de fato, só os cegos e os surdos podem desconhecer a nossa Obra.

Alguns, pelo que vejo, levados por sua incompreensão — vede que não sou duro em julgar —, gostariam que meus filhos, por terem essa maravilhosa dedicação ao serviço de Deus, levassem nas costas um cartaz que dissesse mais ou menos: saibam que eu sou um bom rapaz. E eles não percebem que nós — que não somos, nem nunca seremos religiosos, juridicamente, canonicamente — trabalhamos com sentido sobrenatural, da mesma forma como uma associação de fiéis.

E ninguém pensa em fazer, por exemplo, com que um médico que pertença a uma ordem terceira coloque em seus cartões de visita: “Fulano de Tal, terciário franciscano, doutor em Medicina.” Portanto, a nossa forma de agir não pode ser classificada como segredo: porque não se trata de tentar dissimular o que somos. Pelo contrário, trata-se simplesmente de naturalidade: de não querer simular o que não somos, porque somos cristãos comuns, iguais aos demais cidadãos.

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