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A alma se endeusa: sua nova vida contrasta tanto com a anterior e com aquela que muitas vezes encontra ao seu redor! A fé nos diz que uma alma em estado de graça é verdadeiramente uma alma divinizada: Deus nos deu as grandes e preciosas graças que havia prometido, para vos tornar por meio delas participantes da natureza divina8. Este conceito teologal do homem está quase tão longe do conceito puramente humano e natural quanto Deus está distante da humanidade. Somos homens, de carne e osso, não anjos. Mas também no corpo, pelo influxo da alma em graça, essa divinização redunda como antegozo da ressurreição gloriosa.
E ousarei dizer: porque sou santo? Se eu dissesse santo no sentido de santificador e não necessitado de ninguém para me santificar, seria soberbo e mentiroso. Mas se entendermos por santo o santificado de acordo com aquelas palavras: sede santos, porque eu sou santo; então ouse também o Corpo de Cristo, até o último homem que clama dos confins da terra, com sua Cabeça e sob sua Cabeça, e diga audazmente: porque eu sou santo9.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-1/26/ (15/11/2025)