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Não vos posso ocultar, meus filhos, meu temor de que em algum caso esse endeusamento, sem uma base profunda de humildade, possa causar presunção, corrupção da verdadeira esperança, soberba e — mais cedo ou mais tarde — o colapso espiritual diante da experiência inesperada da própria fraqueza.
Costumo dar o exemplo do pó que é levantado pelo vento até formar lá no alto uma nuvem dourada, porque reflete os raios do sol. Da mesma forma, a graça de Deus nos eleva, e reverbera em nós toda aquela maravilha de bondade, de sabedoria, de eficácia, de beleza, que é Deus. Se tu e eu sabemos que somos pó e miséria, pouquinha coisa, o Senhor acrescentará o resto. É uma consideração que preenche a minha alma.
Mas endeusamento sem humildade? Péssimo! E, se o endeusamento for corporativo, pior! Porque Tu, Senhor, salvas o povo humilde e humilhas o soberbo10.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-1/27/ (17/11/2025)