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Todos nós cometemos erros, embora tenhamos passado anos e anos lutando para os superar. Quando o resultado da nossa luta ascética é o desânimo, é porque somos soberbos. Devemos ser humildes, com desejo de ser fiéis. É verdade que servi inutiles sumus59. Mas, com estes servos inúteis, o Senhor fará grandes coisas no mundo, se fizermos algo da nossa parte: o esforço de levantar a mão para nos agarrarmos à que Deus — com a sua graça — nos estende do céu.
Só os soberbos se surpreendem ao ver que têm pés de barro. Um ato de contrição e de desagravo, e adiante. Reconheçamos que, além das faltas que temos na consciência, haverá outras que estão ocultas aos nossos olhos. Dor de amor, portanto, e — na intimidade dessa dor e dessa humildade — ousaremos dizer ao Senhor que também há muito amor em nossas vidas. Que, se a falta foi real, real é o amor que Ele mesmo deposita em nós, que nos permite servi-lO com todas as forças do nosso coração. Dizei frequentemente, como uma jaculatória, o ato de contrição de Pedro após as negações: Domine, tu omnia nosti; tu scis, quia amo te!60
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-1/47/ (19/11/2025)