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Viemos à Obra para ser santos. Não nos surpreendamos ao ver que ainda estamos longe de sê-lo. Por isso, admitiremos com simplicidade as nossas fraquezas, sem tentar revesti-las de retidão; evitando a soberba, que cega tremendamente e faz ver tudo ao contrário. Meus filhos, sede honestos com vós mesmos, sede objetivos. Desta forma, alcançaremos a eficácia da nossa dedicação. É difícil: é preciso ser humilde, escancarar o coração na direção espiritual, para arejar todos os recantos da alma.
Nossa ascética tem a simplicidade do Evangelho. Não devemos complicar nossas almas, deixando o coração escuro; não podemos entorpecer a ação do Espírito Santo, provocando em nossa vida uma solução de continuidade, que nos arranque — ainda que por pouco tempo — a simplicidade do coração e a sinceridade diante de Deus86.
Se algo nos preocupa, dizemo-lo, estando precavidos contra o demônio mudo. Contai tudo, o pequeno e o grande, e assim vencereis sempre. Não se vence quando não se fala. É compreensível, porque aquele que se cala tem um segredo com Satanás, e é coisa má ter Satanás como amigo.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-1/61/ (15/11/2025)