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O medo dos que dirigem a nossa alma é a mais diabólica das tentações. O medo e a vergonha, que nos impedem de ser sinceros, são os maiores inimigos da perseverança. Somos feitos de barro; mas, se falarmos, o barro adquire a fortaleza do bronze. Guardai bem essas ideias, colocai-as em prática, e teremos garantida a tranquilidade no serviço a Deus, pois será muito difícil que nos confundamos.
Meus filhos, viemos à Obra para sermos santos no meio do mundo; para conseguir isso, devemos empregar todos os meios. Quando um doente vai a uma clínica para recuperar a saúde, se pedirem para tirar a roupa porque precisam examiná-lo e ele disser que não; se lhe perguntarem que sintomas tem e ele não quiser dizer... Essa pessoa teria de ser levada não a uma clínica, mas ao manicômio.
Devemos proporcionar a quem tem a missão de nos formar o conhecimento de todas as nossas circunstâncias pessoais; não podemos ter medo de que saibam como somos. Pelo contrário: deve nos dar alegria tornar a nossa alma transparente. Só assim, com esta sinceridade com Deus, convosco e com aqueles que vos formam, alcançaremos — na medida do possível e com a ajuda de Deus — a perfeição cristã, a perfeição humana, a perseverança no bem.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-1/64/ (19/11/2025)