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Tentemos ser leais ao longo de nossas vidas, e, se em algum momento sentirmos que não o somos, lutemos, peçamos ajuda a Deus, e assim venceremos, pois Deus não perde batalhas. Ponhamos todas as nossas misérias aos pés de Jesus Cristo, para que Ele triunfe: e vereis quão alto fica, e como nos ajudará a divinizar a nossa vida terrena.
A fraqueza humana acompanha-nos até nos melhores momentos, nos momentos mais sublimes de nossa existência. Temos — para que nada mais possa nos surpreender — o testemunho do Santo Evangelho. Na Última Ceia, naquele clima de efusão de amor e confidências divinas, na reunião dos íntimos, dos mais formados, dos prediletos: facta est autem contentio inter eos, quis eorum videretur esse maior106: começaram a discutir, a brigar entre si, sobre quem era o maior, o mais excelente.
Portanto, quando sentirmos em nós mesmos — ou nos outros — qualquer debilidade, não deveremos mostrar surpresa: lembremo-nos daqueles que, com sua indiscutível fraqueza, perseveraram e levaram a palavra de Deus a todos os povos e foram santos. Estamos dispostos a lutar e a caminhar: o que importa é a perseverança.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-1/71/ (16/11/2025)