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Contemplai, comigo, o que escreve São João: Jesus chegou à cidade da Samaria, chamada Sicar, próxima à herdade que Jacó deu a seu filho José. Ali estava a fonte de Jacó. Jesus, cansado da viagem, sentou-se na beira do poço113. É comovente ver o Senhor cansado. Ele também está com fome: os discípulos foram ao povoado vizinho buscar algo para comer. E tem sede: uma mulher samaritana veio tirar água. Jesus disse-lhe: dá-me de beber114. Depois, toda aquela conversa encantadora, em que a alma sacerdotal de Cristo se derrama, solícita, para recuperar a ovelha perdida: esquecendo o cansaço e a fome e a sede. Enquanto isso, os discípulos insistiam com ele dizendo: Mestre, coma. Mas Ele lhes diz: Tenho um manjar para comer que vocês não conhecem. Os discípulos diziam uns aos outros: Será que alguém lhe trouxe algo para comer? Disse-lhes Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e cumprir a sua obra115.
Jesus Cristo, perfectus Deus, perfectus homo116, apresenta-se à nossa consideração para que fiquemos serenos diante das exigências limpas de nossa pobre natureza, para que saibamos esquecê-las ou — pelo menos — colocá-las em segundo plano diante do bem das almas — de todas as almas —, para nos estimular a dar cumprimento à Obra que Deus nos confiou e que saibamos amar a sua santíssima vontade, alimentando-nos sempre desse desejo.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-1/74/ (16/11/2025)