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Vivendo em amizade com Deus – a primeira que devemos cultivar e acrescentar –, sabereis fazer muitos e verdadeiros amigos109: o labor que o Senhor fez e faz continuamente conosco, para nos manter nessa amizade com Ele, é o mesmo labor que quer fazer com muitas outras almas, servindo-se de nós como instrumentos.
Já vos disse, meus filhos, que acredito na amizade humana: amico fideli, nulla est comparatio110, nada é comparável ao amigo fiel. A amizade é um tesouro que devemos estimar pelo seu grande valor humano e aproveitar como meio para levar almas a Deus.
Posso dizer-vos que me sinto amigo de todo o mundo, como também vós deveis sentir-vos, porque buscamos o bem de todas as almas sem exceção. Mesmo que um homem esteja muito afastado do Senhor, mesmo que manifeste muito a sua inimizade, devemos pensar com Santo Agostinho que não devemos desesperar da sua conversão, porque mesmo entre os que são abertamente adversários se ocultam amigos predestinados, embora nem eles o saibam111.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-2/101/ (09/12/2024)