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113É verdade que é melhor confiar em Deus do que nos homens, bonum est confidere in Domino, quam confidere in homine114. Digo-vos, porém: depositai acima de tudo a vossa confiança em Deus, mas tende também confiança nos vossos irmãos. Com a vossa caridade, com a vossa compreensão, semeando sempre com a devida prudência – mas de mãos cheias – a segurança à vossa volta, fazei difícil, impossível, que os homens não se sintam obrigados a corresponder à aberta caridade do vosso trato.
Ao mesmo tempo, com o respeito e o amor que professamos pela liberdade das consciências, através deste apostolado da confidência e da amizade, entrai na vida dos demais – como Jesus Cristo entrou na nossa – e fazei proselitismo incansavelmente: para que ninguém com vocação para a Obra possa desculpar-se como os trabalhadores da parábola: quia nemo nos conduxit115, porque ninguém lhes disse nada.
Pensai, além disso, que temos o direito e o dever de assegurar, a esta maravilhosa Família nossa, todos os filhos que o Senhor têm dispostos desde a eternidade: para que perdure enquanto houver homens sobre a terra, para que Jesus Cristo tome posse de tantas almas que têm fome e sede de Deus116.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-2/103/ (18/11/2025)