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31Embora sejam poucos, é necessário que haja sempre alguns membros da Obra nesses centros, porque não podemos deixar de ter o controle da direção – espiritual, pedagógica e econômica – desses labores, de modo estável e garantido. Não fosse assim, careceriam de eficácia apostólica e perderiam, para nós, a sua razão de ser: porque o Opus Dei, corporativamente, não desenvolve nenhuma atividade que não seja eminentemente apostólica.

Essa necessária autonomia de direção – exigida pelo nosso afã de almas: non quaero gloriam meam32, só nos move a glória de Deus – compreenderá tanto o que se refere à formação espiritual e humana que se ministra no centro quanto a disciplina interna e as atividades apostólicas que, a partir deste centro, se desenvolvam.

Será necessário, por conseguinte, ao promover um desses labores, estudar detalhadamente, de acordo com as particularidades do momento, os aspectos legais e técnicos, de modo a evitar a possibilidade de intervenções estranhas que reduzam a autonomia de direção ou a condicionem.

Por isso, deverão estabelecer-se normas precisas que assegurem também o respeito pela disciplina interna do centro e seu labor de formação. Não podemos tolerar, por exemplo, que atividades culturais, artísticas etc. que surjam à volta do centro ou estejam de algum modo vinculadas a ele obstaculizem seu bom funcionamento, assim como não podemos tolerar no cérebro ou em outro órgão vital um corpo estranho – embora seja um diamante – que entorpeça sua função.

Notas
31

Sobre o “controle da direção”, veja-se o Glossário.

32

Jo 8, 50.

Referências da Sagrada Escritura
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