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Uma palavra sobre os alunos e as alunas que havereis de formar. Sois instrumentos de Deus para uma maravilhosa obra de arte sobrenatural. Fazei-o em consciência, de olhos postos em Cristo, que é o modelo. De fato, os pintores, diante da tela a cada dia, vão pintando e repintando convenientemente. E a mesma coisa fazem os que talham a pedra, retirando o supérfluo ou acrescentando o que falta. Assim, convosco, nem mais nem menos: estais lavrando estátuas. Todo o vosso tempo deve ser consagrado a preparar, para Deus, essas estátuas maravilhosas. Cortai o supérfluo, acrescentai o que convier e examinai todos os dias que boas qualidades naturalmente possuem, a fim de aumentá-las, e que defeitos provêm também da natureza, a fim de corrigi-los.
Fazei crescer a personalidade dos estudantes, ajudando-os a administrar a própria liberdade com retidão e sentido sobrenatural, proporcionando-lhes os meios para vencer na luta ascética, dando-lhes doutrina, formação sólida, critério, para que não continuem sendo crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores. Mas, pela prática sincera da caridade, cresçam em todos os sentidos, naquele que é a Cabeça, Cristo35.
Nós respeitaremos sempre a liberdade das consciências e jamais obrigaremos ninguém a ter um diretor espiritual determinado, que é coisa oposta ao nosso espírito porque não somos exclusivistas; tampouco dificultaremos o trabalho de qualquer sacerdote ou religioso que deseje trabalhar com as almas. Por isso, exigiremos também que os demais respeitem nosso direito de atender as almas e o direito dos que se aproximam dos nossos apostolados, porque livremente o desejam.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-2/21/ (26/03/2025)