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Precisamente porque todas as nossas obras corporativas hão de ser eminentemente apostólicas, estarão sempre abertas a todos. Não fazemos discriminação de nenhum gênero, nem somos classistas. Interessam-nos todas as almas.
Por isso, ainda que determinado centro de ensino não esteja destinado especificamente a pessoas de condição humilde ou de poucos recursos econômicos, procurar-se-á, em todos os casos, que também essas pessoas possam frequentá-los ou, pelo menos, beneficiar-se de alguma forma do trabalho docente e da formação que ali se realize.
Se se trata, por exemplo, de colégios de ensino médio, haverá aulas para operários, empregados etc. nas horas convenientes – ao terminar a jornada de trabalho, normalmente no fim do dia –, pelo menos várias vezes por semana, se não for possível fazê-lo todos os dias. Não lhes será cobrado praticamente nada – alguma coisa devem pagar, porque convém que lhes custe um pequeno sacrifício econômico –, e utilizarão os mesmos edifícios e o mesmo material didático empregado para os demais alunos. Alguma vez, também os professores serão os mesmos. De ordinário, o trabalho docente será conduzido por colaboradores e amigos nossos bem-preparados e, quando for necessário, por outros professores regularmente contratados e bem pagos. Em qualquer caso, essas aulas serão ministradas com a mesma dedicação e o mesmo empenho que as demais.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-2/19/ (17/11/2025)