25

E os meios econômicos para todo esse trabalho? O Obra é pobre – sempre o será – e não pode sustentar esses gastos. Mas temos um sistema encantador, que consiste em criar esses instrumentos apostólicos com o dinheiro dos outros: dos pais dos alunos, dos colaboradores, dos amigos, aos quais será garantida uma renda justa pelo capital que investiram, e se lhes oferecerá a ocasião de cooperar ativamente e com generosidade para o seu próprio bem, para o bem das suas famílias e para o bem da sociedade num fecundo empenho cristão.

Desse modo, também, o centro de ensino será algo próprio deles, que o defenderão como cidadãos, se chega o momento de ter de defendê-lo; e facilmente estenderão a sua colaboração aos demais aspectos – não só ao econômico – da atividade docente e apostólica, como cooperadores da verdade39.

Por outro lado, será justo contar com as ajudas e subvenções que o Estado tem a obrigação de conceder a este gênero de instituições, pelo serviço que prestam à sociedade: porque corresponde ao Estado principalmente, em ordem ao bem comum, promover de muitas maneiras a educação e a instrução da juventude. Antes de mais nada e diretamente, favorecendo e ajudando a iniciativa e a ação da Igreja e das famílias40.

Poder-se-á pensar na colaboração econômica de entidades privadas – industriais ou de outro gênero – em troca de trabalhos de investigação científica, úteis para a sua atividade ou para seus fins. Esta colaboração, mutuamente proveitosa, deverá estar vinculada ao centro docente concreto, e não ao professor ou ao grupo de professores que num momento determinado trabalhe ali: deste modo se garante a continuidade e se facilita também uma maior retribuição econômica para os que trabalhem profissionalmente nessas obras corporativas.

Notas
39

3 Jo 1, 8.

40

Pio XI, Enc. Divini illius Magistri, p. 63.

Referências da Sagrada Escritura
Este ponto em outro idioma