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48Se o Filho de Deus se fez homem e morreu numa cruz, foi para que todos os homens sejamos uma só coisa com Ele e com o Pai49. Todos, portanto, estamos chamados a fazer parte desta divina unidade. Com alma sacerdotal, fazendo da Santa Missa o centro da nossa vida interior, procuramos nós estar com Jesus, entre Deus e os homens.
A nossa união com Cristo dá-nos a consciência de sermos com Ele corredentores do mundo, para contribuir a que todas as almas possam participar dos frutos da sua Paixão, conhecer e seguir o caminho da salvação que leva ao Pai.
Não deixarei de repetir: para estarmos unidos com Cristo no meio das ocupações do mundo, devemos abraçar a Cruz com generosidade e com garbo. Sal da nossa vida é a mortificação, filhas e filhos meus, que há de acompanhar delicadamente, inteligentemente, o nosso trabalho diário com o fim de sustentar a nossa vida sobrenatural, da mesma forma como o bater do coração sustenta a vida do corpo.
Assim demonstraremos aos demais homens, que vivem e trabalham em meio às realidades do mundo, o significado da oração sacerdotal de Jesus Cristo: Pater sancte, serva eos in nomine tuo, quos dedisti mihi... Non rogo ut tollas eos de mundo, sed ut serves eos a malo. De mundo non sunt, sicut et ego non sum de mundo50; Pai santo, protege em teu nome estes que me confiaste... Não te peço que os tires do mundo, mas que os preserves do mal; eles não são do mundo, como tampouco eu sou do mundo.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-2/42/ (16/11/2025)