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Almas contemplativas no meio do mundo: isso são os meus filhos no Opus Dei, isso haveis de ser sempre para assegurar a vossa perseverança, a vossa fidelidade à vocação recebida. E, em cada instante da nossa jornada, poderemos exclamar sinceramente: loquere, Domine, quia audit servus tuus54; fala, Senhor, que teu servo escuta.

Onde quer que estivermos, no meio do rumor da rua e dos afãs humanos – na fábrica, na universidade, no campo, no escritório ou no lar –, estaremos sempre em simples contemplação filial, num constante diálogo com Deus.

Porque tudo – pessoas, coisas, tarefas – nos oferece a ocasião e o tema de uma contínua conversa com o Senhor: da mesma forma como a outras almas, com vocação diversa, facilitam-lhes a contemplação o abandono do mundo – o contemptus mundi – e o silêncio da cela ou do deserto. A nós, meus filhos, o Senhor pede só o silêncio interior – abafar as vozes do egoísmo do homem velho –, e não o silêncio do mundo: porque o mundo não pode nem deve calar para nós.

Notas
54

1 Rs 3, 9.

Referências da Sagrada Escritura
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