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67Não faltaram desde então, ao longo dos séculos, almas que procuraram seguir de perto o exemplo de Jesus Cristo: mas, progressivamente, foram concentrando seu esforço em viver – no exercício publicamente professado – três conselhos, que se fizeram tradicionais: a pobreza, a castidade e a obediência, que ficaram assim tipificados como pilares ascéticos de certo estado de vida, diferente daquele dos simples fiéis.

Deste modo delineou-se a condição própria do estado religioso, que, nas suas diversas formas evolutivas ao longo da história, requereu sempre – como elemento substancial – uma separação mais ou menos completa do mundo, das tarefas e das atividades seculares.

Para as almas que recebem de Deus essa vocação, as ocupações e os trabalhos temporais do simples cristão constituem um impedimento que se há de abandonar – como condição sine qua non – para buscar a própria santificação – vivendo a vida de perfeição evangélica – e para promover a salvação dos demais desde fora do mundo, com a oração, a penitência e as obras de apostolado compatíveis com esse estado de vida.

Notas
67

Sobre as ocupações temporais dos religiosos, veja-se a nota no Glossário.

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