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Caminhemos na verdade e na caridade: a nossa fidelidade leal ao depósito da fé, ao Magistério da Igreja, far-nos-á portadores de verdade, veritatem facientes in caritate106, ensinando a doutrina do Evangelho com a caridade de Jesus Cristo.
Quando não for possível transigir, a intransigência deve ser santa e, portanto, sê-lo-á com a doutrina, não com as pessoas: de outro modo, não poderemos levá-las a Deus, nem sequer será fácil tratá-las fraternalmente, como exige a nossa condição de cristãos. Não se pode ceder no que é de fé: mas não esqueçamos que, para falar a verdade, não é preciso maltratar ninguém.
Se alguma vez, excepcionalmente, pela desfaçatez e violência do interlocutor, é preciso dizer as coisas com energia, neste caso, para evitar que as nossas palavras machuquem – irascimini et nolite peccare107, embora falemos duramente, não nos deixemos levar pela paixão –, será preciso lançar logo sobre as feridas o bálsamo da caridade e curar, sarar, explicando que era necessário proceder assim naquele momento.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-2/98/ (17/11/2025)