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Maior ainda, se possível, deve ser esse respeito por cada pessoa e pela sua liberdade quando se trate de contrastes em questões opináveis. Infelizmente, há entre os homens tanta tendência ao totalitarismo, à tirania, ao fanatismo das próprias opiniões em matérias discutíveis, que devemos esforçar-nos muito para dar exemplo – em toda parte – do nosso amor à liberdade pessoal de cada um.
Sempre utilizei para mim este raciocínio, que deveis também fazer vós e ensiná-lo aos demais: se o Senhor deixou tantas coisas à livre disputa dos homens, por que há de ser meu inimigo um homem que pense de forma diversa de mim?
Se não temos as mesmas ideias e me convence, aceitarei a sua opinião: se eu o convenço, pensará como eu; se nenhum dos dois convence o outro, poderemos sempre respeitar-nos, querer-nos bem, conviver em paz.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/cartas-2/99/ (16/11/2025)